sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CineCrítica - Fim dos tempos

Nada demais... “Fim dos tempos”, do cineasta M. Night Shyamalan, não chega nem perto do impacto de seus filmes anteriores como “Sexto sentido”, de 99 e “Sinais”, de 2003, que exploram o tema ciência versus fé.

O cineasta que soube explorar também o tema realidade versus imaginação em filmes anteriores como “Corpo fechado”, “A vila” e “A dama na água”, desaponta com os suicidas de “Fim dos tempos”.

O filme, que tem como cenário inicial Nova York, Central Park, expõe uma crise ambiental que força a humanidade a combater a natureza para sobreviver. A crise é iniciada por uma suposta toxina invisível que chega com o vento e induz as pessoas ao suicídio, pois faz com que o cérebro humano perca o senso de auto preservação. Chega-se a cogitar a possibilidade de ataque terrorista.

Sendo assim, as pessoas fogem dos lugares afetados, que no caso são algumas das principais cidades americanas, de forma que o filme é quase o tempo todo pessoas fugindo ou se suicidando. Quase...

O que salva um pouco o filme é o fato de ele ser também uma história de amor. Elliot Moore (Mark Wahlberg) é um professor de Ciências de um colégio da Filadélfia que atravessa uma crise conjugal com sua bela esposa, Alma (Zooey Deschanel). Desde o início do filme, sabe-se que ela flerta com o adultério, embora o ame, e ele acredita no casamento. A relação dos dois será testada diante de um acontecimento maior e mais sério. Isso acaba por os unir.

Eles seguem em direção às fazendas da Pennsylvania, onde esperam estar fora do alcance dos ataques. Logo fica claro que ninguém está a salvo em nenhum lugar. Esse fenômeno aterrorizante e invisível parece não poder ser vencido. Mas não podemos esquecer que o filme é também uma história de amor...

É fato que Mark Wahlberg está ótimo no papel do cara calmo e apaixonado e Zooey Deschanel chama atenção com sua beleza.

“Fim dos tempos” é pelo menos um bom filme B, como o próprio cineasta revela, com produção de orçamento relativamente baixo. Basta ver o filme sem pensar em “O sexto sentido” ou “Sinais”.

CineCrítica - A Múmia - Tumba do Imperador Dragão

Tente imaginar um filme de "porrada" de Jet Li, acrescente Brendan Fraser e a atração pelas múmias, e um roteiro escrito por ninguém menos que a dupla (Alfred Cough e Miles Millar) que escrevia a tal série teen Smallville (aquela que o Super-Homem é um jovem de Kansas, enfrenta um bando de "freaks" e ainda conhece sua futura esposa já na quarta temporada). Pronto, este é o filme que você vai assistir!

A história é simples e contada de uma forma bem fácil, pra entender...direitinho. O imperador dragão (Li) foi amaldiçoado pela feiticeira Zi Juan (Michelle Yeoh), fazendo com que ele e seu exército de dez mil cabeças fiquem petrificados. Dois mil anos depois, a tumba foi descoberta pelo filho (Luke Ford) do casal Rick (Fraser) e Evelyn O’Connell (Marial Bello, que aliás, notavelmente não se manteve na altura de Rachel Weiz em combinar o bom humor sofisticado com algumas cenas de ação), que vão para a China para, apenas, entregar o artefato que reviveria o imperador. Precisa dizer mais?

O interessante só é ver o quanto de poder que essa múmia se apossa, sendo definitivamente a mais poderosa dos três filmes. Acho que seria melhor esperar uns quatro anos para que a película caia na Sessão da Tarde, isso se a Tela Quente for suficiente para cada um que não tiver que trabalhar no dia seguinte, no ano de 2011.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

CineCrítica - Batman - O Cavaleiro da Trevas

Esse filme definitivamente não parece um filme de super-herói comum que usa e abusa de situações fantasiosas, e sim uma retratação do mundo real, ou seja, cheio de corrupção, gente falsa e gananciosa e bandidos psicopatas. A diferença é que nesse mundo há uma pessoa com vontade, garra e dinheiro suficientes para virar o jogo: o cavaleiro das trevas.

Por causa disso tudo, esse filme joga uma pá de cal sobre o último filme de Joel Schumacher. É interessante perceber como um amadurecido Batman se tornou uma esperança para a população de Gotham City que inclusive inspira pessoas destreinadas a combater o crime na cidade e os criminosos a se organizarem com o objetivo de destruí-lo.

Não sei de que jeito, mas precisavam botar o nome do Coringa no nome do filme. O trabalho de Heath Ledger está simplesmente fantástico, pois com o seu jeito de andar, falar e agir, ele consegue exibir um personagem totalmente insano, impiedoso e anarquista, resumindo um agente do caos. Com certeza, merece ser condecorado com Oscar.

Os outros atores do filme provam que também são competentes, sendo assim temos uma chuva de boas atuações, com destaque para o Harvey Dent de Aaron Eckhart, o Lucius Fox de Morgan Freeman, o Tenente Jim Gordon de Gary Oldman, o Alfred de Michel Caine e o Bruce Wayne/Batman de Christian Bale.

Há diversas cenas empolgantes no filme de duas horas e meia como a sequência no trânsito, a cena do hospital e o clímax de uma hora que rola no final do filme. E realmente Christopher Nolan não deixa a peteca cair, usando efeitos especiais apenas onde é estritamente necessário e usando e abusando de explosões e takes únicos que não permitiam segundas tomadas, o que só ajuda a tornar o filme ainda mais realista.