quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CineCrítica - As Duas Faces da Lei

Dois policiais coroas de Nova Iorque, que já eram para estar em casa assistindo tv, encontram pistas que levam a um assassino serial. O sujeito tem o hábito de deixar poemas ao lado dos cadáveres de suas vítimas. Os interessantes personagens interpretados por De Niro e Pacino são Thomas Cowan, o líder da dupla que quer fazer justiça a qualquer preço e David Fisk, aquele tira fiél que utiliza como exemplo os atos de seu parceiro.

A produção traça duas linhas, presente e flashes do futuro, parecido com o que aconteceu na última temporada de Lost, portanto, as coisas ficam um pouco complicadas. Vá assistindo o filme que em breve tudo se encaixará (praxe). Quem fica ligado desde o início, percebe que nem tudo é o que parece e que certos atores costumam pegar papéis sob medida. Em critério de imagens, o ritmo da película é bem dinâmico.

Quando se assiste a Al Pacino, fica aquela dúvida se alguma vez teve improvisação. A razão disso são suas falas, que, aliás, não deixam de ser ácidas, e são pronunciadas com uma naturalidade de arrancar sorrisos do público, ainda mais para os coroas presentes na sala.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

DVD - Aerosmith - You gotta move

Em 2006 eu tive o prazer de comprar, ver e ouvir o primeiro DVD de um show da lendária banda de rock Aerosmith. Na verdade, foi uma experiência marcante para mim, pois o Aerosmith, essa grande banda americana com 35 anos de carreira fonográfica (tendo se formado em 1970), é a minha banda favorita.

O nome do DVD, lançado em 2004, é You gotta move. Esse nome é também o título de uma das músicas do último álbum de estúdio da banda: Honkin´on bobo, de 2004. Trata-se de um álbum em que a banda fez releituras de blues clássicos, apresentando uma música própria: “The grind”.

Do show com base nesse último álbum, foi gravado um especial com duas horas de duração que foi ao ar na A&E. O DVD é grande, com um show apresentando quase todos os clássicos da banda, mais cinco canções não incluídas no especial da A&E, comentários dos integrantes do Aerosmith, um CD bônus com seis faixas e ainda o making of de Honkin´on bobo!!

O show começa energético com “Toys in the attic”, música que abre o homônimo álbum clássico de 75. Em seguida é tocada “Love in an elevator” do álbum Pump, de 89.

A banda prossegue detonando com “Cryin´”, “Back in the saddle", do álbum Rocks, de 76, “Draw the line”, de 77, a clássica balada “Dream on”, do primeiro disco, com o nome da banda, de 73, o hit “Jaded” e a balada do filme Armageddon “I don´t want to miss a thing”, de 98.

Obviamente, não poderiam faltar os clássicos “Sweet emotion” e “Walk this way”, do álbum Toys in the attic. O show ainda apresenta “Fever”, “Rats in the cellar”, “Last child”, “Livin´on the edge” e “Same old song and dance”.

Senti falta das importantes músicas “Eat the rich” e “Janie´s got a gun”, mas de qualquer forma, Steven Tyler (vocal e gaita), Joe Perry (guitarra), Brad Whitford (guitarra), Tom Hamilton (baixo) e Joey Kramer (bateria) destroem nesse DVD! Steven Tyler (que sempre foi ótimo vocalista), mostra que, atualmente, é um dos maiores cantores do planeta.

Embora o DVD You gotta move não apresente legendas em português, ele é altamente recomendável para quem deseja saber como é o Aerosmith ao vivo.

sábado, 18 de outubro de 2008

CineCrítica - Rio Mix Festival

No dia 04/10, mais especificamente no Teatro Popular de Niterói, rolou o Rio Mix Festival e como dizia o ingresso era um festival bem familiar: só tem brother. Bem, brincadeiras à parte, o festival que contou com as apresentações de Marcelo D2, Natiruts e O Rappa, que se apresentaram nessa ordem, conseguiu reunir um público bem diversificado e numeroso (cerca de 15000 pessoas).

O show começou com Marcelo D2 com sua mistura característica de samba com hip hop em músicas como: "1967", "Desabafo", "Qual é" e "O gueto". O Planet Hemp também foi lembrado por D2: "Mantenha o respeito" e "Ex-quadrilha da fumaça" foram exemplos de músicas da época que D2 vendia camisas de rock na Cinelândia.

Depois veio Natiruts com um legítimo reggae brasileiro. O grupo que se chamava Nativus nos anos 90 tocou os hits dessa fase: "Liberdade pra dentro da cabeça" e "Presente de beija-flor". Além delas outras músicas foram tocadas como, por exemplo, "Reggae power", "Andei só" e "Quero ser feliz também".

O grupo de rock Rappa fechou a noite e mandou ver com "Pescador de ilusões", "Mar de gente", "O homem amarelo", "O que sobrou do céu", "Rodo cotidiano", "Monstro invisível", "Me deixa" e "Hey Joe". Esse show do Rappa com suas letras muito bem elaboradas (muitas com o tema miséria) pode ter servido de alerta para que o público que compareceu ao evento não desperdice o voto, votando em políticos incompetentes e safados.

domingo, 12 de outubro de 2008

CineCrítica - Sparrow

Em “Sparrow” (na hora lembra um certo capitão, rs), uma gangue de Hong Kong, formada por quatro irmãos batedores de carteiras, depara-se com uma bela mulher que é forçada a viver como esposa de um poderoso gangster.

Quem assiste nota que as imagens demonstram estilo próprio na linguagem do filme, irreverência entre alguns personagens, fotografia simpática e trilha agradável, no estilo antena um. Aquele tipo de filme leve e interessante que você pode assistir a qualquer hora.

É bem engraçado quando assistimos filmes de nacionalidades dos quais não estamos familiarizados e sempre achamos se tratar de um trabalho excêntrico. "Sparrow" é esse tipo de película. Você sai da sala com aquela cara de pseudo-intelectual, acreditando que produziram um filme “doido” na China. Na verdade, quando se está falando de cultura a coisa fica menos simples, pelo fato de não conhecermos as produções padrões que estão sendo desenvolvidas em outros países.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

CineCrítica - Ensaio Sobre a Cegueira

Colaboração de Sandro Tebaldi

Mais do que um simples filme, Ensaio sobre a cegueira é um tratado sobre a solidariedade humana em um mundo dominado pelo egoísmo.

Sob o ponto de vista cinematográfico, destaque para a fotografia super exposta e leitosa de Charlone, capaz de transformar a cegueira em um narrador-personagem. Trilha sonora minimalista e sob medida. Elenco e direção afinadíssimos. Tudo preciso, montagem, roteiro, etc, mas não quero tratar de aspectos técnicos. Quero comentar uma função cada vez mais rara da arte cinematográfica: a reflexão.

O Cinema muitas vezes nos ajuda em reflexões morais. Serve de espelho. E neste caso, a imagem que nos surge não nos parece bela. Estamos cegos! Constatação incômoda que gruda em nossos olhos ao assistirmos o filme, ou ensaio. Cegos pelo excesso! Cegos de tanto ver, sem no entanto, enxergar. Com a enorme quantidade de filmes de entretenimento fácil que encontramos, é uma dádiva ainda encontrarmos produções que privilegiam a arte cinematográfica em busca de uma evolução humana. Pena que a sala não tinha mais do que 20 testemunhas, na sala ao lado, a sessão de Hellboy estava lotada!