sábado, 28 de novembro de 2009

CineCrítica - 2012


Seguindo a leva de filmes com situações surreais que levam ao fim do mundo, "2012" não poderia ter outro diretor a não ser Roland Emmerich, mesmo diretor de "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã".

No grosso, o filme parte de uma previsão feita pelos Maias, que diz que o apocalipse ocorrerá em 2012 através das forças do sol. Dentro desta tese se desenvolve uma explicação que já foi contestada até por cientistas americanos.

Poderia ser mais um filme com este tema, mas desta vez, Roland se superou. Apesar da tese e do roteiro apenas ser direcionado a explicação do fim do mundo o filme tem seus pontos fortes nas cenas de destruição que são as mais elaboradas, mais abragentes e bem produzidas que já vi. Ótimos efeitos.

Além de contar com o ator John Cusack, "O Júri" (2003), "Identidade" (2003), "1408" (2007), que apesar de ter poucos prêmios em sua carreira considero um dos atores que trabalham não para aparecer, mas coletivamente para fazer bons filmes. Ele é o herói do filme que tenta salvar sua família.

Porém, eu tenho uma crítica. Por que todos os filmes de desastres, sejam naturais ou humanos, necessitam ter um herói americano que sacrificaria sua vida para salvar sua família ou o mundo? Por que simplesmente não pode haver o cientista que estuda o evento e acha uma maneira de evitá-lo ou salvar as pessoas do desastre iminente? Sempre tem que haver pessoas comuns que tentam salvar sua família ou seu amor!

Esse heroísmo me enoja. Espero que no próximo evento de destruição do planeta achem uma outra forma de escreverem as cenas de ação sem terem que colocar este tipo de personagem no roteiro. Então, o filme deixará de ser previsível, será diferente, ganhará o meu respeito. Quem sabe o filme não será visto apenas pelas cenas de ação e, sim, por seu roteiro e concorrerá a mais prêmios além dos efeitos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CineCrítica - Michael Jackson's This Is It

O que interessa para os fãs é que Michael está ali o tempo todo, dançando muito e comandando tudo. Trata-se de um ensaio com uma puta trilha sonora, recheado com muitas cenas pré-filmadas. Kenny Ortega, diretor do espetáculo, parece estar ali só para cuidar da parte cinematográfica. O filme mostra Michael Jackson como fazendo piadinhas, corrigindo músicos ("faça com amor, A, M, O, R"), ensaiando dançarinos, sempre perfeccionista. “É pra isso que ensaiamos”, repete depois de um esporro. "Queremos dar a eles talento como nunca viram antes", explica o cantor à equipe.

Os hits do astro vêm desde a abertura com "Wanna Be Startin' Somethin" até o encerramento ao som da emblemática "Man On The Mirror". São duas horas de “Beat it”, “Thriller”, “Billie Jean”, “I’ll Be There”, “Black or White”, entre outros sucessos. “Quero como está nos discos”, o rei do pop insiste com os músicos. Numa super produção hollywoodiana, "Smooth Criminal" vem acompanhado de um filme que coloca o cantor dentro do clássico Gilda. Ele foge de bandidos e interage com personagens. Curiosamente, a nova versão de "Thriller", com direito a aranhas gigantes, fantasmas e múmias, descaracteriza um pouco o clássico dos videoclipes. Pelo menos, não mudaram a famosa coreografia apresentada no palco. Pô, eu quero é ver zumbi!

This Is It se restringe a um musical com breves momentos documentais por isso, acho que faltou alguma coisa, o filme acabou rápido demais, sei lá. E se você ficou com gosto de quero mais, fique até o final dos créditos para duas cenas extras emocionantes.

Músicas que são tocadas na íntegra no filme: "Wanna Be Startin' Somethin'", "Jam", "They Don't Care About Us", "Human Nature", "Smooth Criminal" , "The Way You Make Me Feel", "I Want You Back" , "I'll Be There", "I Just Can't Stop Loving You", "Thriller", "Beat It", "The Earth Song", "Billie Jean" e "Man In The Mirror".

terça-feira, 29 de setembro de 2009

CineCrítica - G.I. Joe - A Origem de Cobra

Bem, curto e grosso, pensei que seria um filme Framboesa de Ouro. Essa baixa expectativa que eu tinha gerou uma grande surpresa, pois gostei do que eu vi na tela. Porque o provável seria um produto de qualidade duvidosa, já que a matéria – prima era uma linha de bonecos da Mattel, o desenho animado dos anos 80 e muitas versões revisadas e recontadas de quadrinhos publicados pela Marvel.

Geralmente, quando uma série sofre tantos reeboots está fadada a ser um fracasso quando transportada para à película, contudo o G.I. Joe do cinema me surpreendeu com um roteiro bem razoável, algumas boas cenas de ação (muitas mentiras desnecessárias também vide a batalha subaquática, o que é um ponto negativo do longa), um elenco entrosado e algumas piadas bem encaixadas na trama. Eu diria que entre os blockbusters receberia uma nota entre 7 e 8, sendo assim, já valendo a pena a ida ao cinema.

O G.I. Joe é um grupo de soldados de elite de diferentes nacionalidades que usa tecnologia para deter o corrupto vendedor de armas chamado Destro e o surgimento da organização terrorista Cobra, que quer acabar com o mundo. O roteiro é bem mastigado, seguindo a cartilha de Hollywood (tá bom, nem sempre isso acontece, mas deveria), não tem como sair com dúvida de quem é quem e porque estava agindo daquele jeito. Para isso, o diretor usa e abusa de flashbacks, com o motivo de não dar tempo ao público relaxar e assim, a cada uma daquelas piscadas mais lentas, traz memórias antigas, com mais cenas de ação, como não deveria deixar de ser nesse tipo de filme.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CineCrítica - Arraste-me para o Inferno

No mundo da fantasia, as coisas pequenas da vida parecem acarretar grandes perrengues, e quando vai se negar uma extensão no crédito de uma velhinha muito da feia, as coisas não são diferentes. A volta de Sam Raimi (Evil Dead, Spider-Man) aos filmes de horror marca também a volta das cenas que te fazem rir no meio de semblantes amedrontados. Ninguém vai dizer que é terrir, mas, ainda sim, haverá algumas cenas no mínimo cômicas.

Contar o final? Eu bem que poderia, mas alguns podem se divertir com a reviravolta, apesar do bom expectador saber exatamente quando é o final, quando é para rir e quando é para levar susto. Tudo o que acontece é antecedido por algum sinal, certas vezes óbvio.

O papel da protagonista Cristine Brown, interpretada por Alison Lohman (Big Fish), na verdade, era destinado, originalmente, a Ellen Page (Juno) que largou o projeto semanas antes das filmagens. A substituta fez o possível, mas considerando um personagem que foi alvo de uma maldição absurda, vítima de uma perseguição "pré-datada" por uma entidade das trevas coisa-ruim, Cristine permaneceu deveras branda, principalmente no fator psicológico. Até Sally Hardesty (The Texas Chain Saw Massacre) mostrou que a psique humana tem lá seus limites quando enlouqueceu de verdade no fim do massacre.

domingo, 26 de julho de 2009

CineCrítica - Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Emoção! Talvez a melhor palavra de definição. À parte da ação, o novo episódio da série do bruxo inglês transmite, apenas, uma grande preparação para os futuros eventos que se seguiram nas duas últimas partes da adaptação. E mesmo agora, após tantos livros adaptados os fãs (normalmente os fãs) ainda se atrevem a fazer comparações, e a palavra adaptação (mais) uma vez em nunca é levada em consideração.

Digo que não li o livro, na verdade não li nenhum deles. Não saberia dizer se seria algo bom, pois daria maior imparcialidade. Enfim, o grosso da película fala basicamente sobre romances adolescentes (chove-não-molha de praxe), em paralelo com os dois planos maniqueístas, mais as recreações como o tal esporte quadribol, entre outras atividades colegiais.

O amadurecimento de todo o elenco é visível, o que não quer dizer que há, de fato, tantos destaques. O veterano Alan Rickman que interpreta Severo Snape, por exemplo, agora com um papel mais sólido na trama, mostra uma versatilidade de dar inveja, tanto em cenas cômicas, quanto às mais sérias e àquelas em que não precisou dizer muito, pois pairava o cabível silêncio.

Quanto aos efeitos visuais e o domínio dos planos de câmera, todos fazem jús a grande produção e o nome da franquia Harry Potter. Sete livros para oito filmes, uma das autoras mais ricas do mundo e o ator mais endinheirado do Reino Unido.

CineCrítica - Tranformers 2 - A Vingança dos Derrotados

Claro que o primeiro filme é necessária a introdução do enredo e apresentação dos personagens. Isso favorece a sequência pode e deve deixar fluir mais a ação. Mas esta sequência, com certeza, é melhor que o primeiro filme.

Pois mesmo sendo sequência, este enredo é mais original que o primeiro, que é adaptado dos desenhos. É um ótimo enredo com algumas surpresas, mas o roteiro, mal escrito, pecou muito quando criaram uma robô mulher. Tirou a essência do filme.

Houve um melhor aproveitamento dos elementos que fizeram do primeiro filme um sucesso, os atores tiveram melhores e maiores participações e atuações. Megan Fox está cada vez mais linda. Em minha humilde opinião, a mulher mais sexy do mundo, mas ainda falta para ser uma ótima atriz como Angelina Jolie, e Shia LaBeouf está amadurecendo.

Os efeitos são muito melhores e o diretor Michael Bay abusou dos melhores efeitos que a Dreamworks oferece. Os efeitos e sons perfeitos, com ótimas cenas de ação, dispensam comentários, no mínimo serão indicados ao Oscar 2010. Neste ano ainda não vi nada superior. Portanto, quem não assistiu a este filme no cinema perdeu um grande show de efeitos.

CineCrítica - O Exterminador do Futuro 4 - A Salvação

Este é um filme que não merece, nem há, muitos comentários a serem feitos. Esta produção é a tentativa de conclusão dos 3 filmes anteriores. Finalmente chegamos ao "futuro" retratado nos anteriores. eles finalmente descobrem que a Skynet reproduzem robôs com a feição humana. a surpresa fica por conta da reprodução de Arnold Schwarzenegger em sua época de "Conan O Bárbaro".

Fora isso, não há enredo, pois tudo já foi contado e as falas são limitadas em diálogos sobre a guerra e em cenas de ação.

Para quem gosta da sequência se surpreenderão com o som, que é o melhor elemento do fime.
Para quem é amante de cinema não há nada de espetacular. Citanto uma frase de um espectador "Só tem explosão, não dá nem para dormir!".

No mais, a dica é assistir a este filme em uma sala propricia com um bom equipamento de som.

sábado, 30 de maio de 2009

CineCrítica - Anjos e Demônios

Primeiramente quero deixar registrado a quem leu este livro, que realmente verão um filme nada fiel, diferentemente de "O Código DaVinci", e é exatamente por isso que, sendo muito bem adapatado à linguagem cinematográfica, assistirão à um ótimo filme de suspense policial.

Em "O Código DaVinci" Ron Howard preservou muito a linguagem literária de Dan Brown, e em sua busca pela ação policial pecou deixando de fora componentes importantes e interessantes do livro, como o desenrolar e explicação dos enigmas encontrados nas obras de arte. Tudo isso deixou o roteiro longo dificil de ser entendido pelos espectadores que não leram o livro, transformando o longa em algo maçante e chato pela demora em sua conclusão.

Já "Anjos e Demônios" é um filme com o roteiro bem mais simples, entendível. A ação é muito mais dinâmica e objetiva, isto é, o filme começa e termina a mil. Sem parar, durante todo o filme, a ação se funde com a história e obriga o espectador a ficar ligado cem por cento no filme para não perder nenhum detalhe.

Portanto, eu chamo de roteiro bem adaptado o filme que consegue modificar para a linguagem cinematográfica um texto literário com a mesma emoção e dramaticidade, e isso, "Anjos e Demônios" tem de sobra.

O filme ainda conta com atuações regulares de Tom Hanks, novamente no papel do simbologista Robert Langdom, Ewan McGregor (A Ilha, Star Wars - A Vingança dos Sith) como o Camerlengo Patrick McKenna e Ayelet Zurer (Munique) como a cientista Victoria Vetra.

Enfim, com todos estes elementos ao seu favor, ao adaptar para o cinema a luta de Robert Langdom contra os illuminatis em busca do resgate dos preferidos para a sucessão do Papa, o diretor, Ron Howard, desta vez acerta na dosagem de supense e ação e com isso faz um filme não muito longo e eltrizante até o final. Para terminar digo que Ron Howard soube terminar o filme no auge, isto é, na linguagem coloquial, ele "sai por cima".

sábado, 16 de maio de 2009

Crítica Musical - Kiss: Alive/35

O público talvez não fizesse jus às expectativas em termos de quantidade (altos preços dos ingressos e véspera de “feriadão”), mas de qualquer forma 17.000 pessoas compareceram à Apoteose. As arquibancadas não foram abertas, o público se aglomerou na pista e proporcionou um bonito visual. Uma enorme estrutura estava montada: 4 telões e armações, sobre as quais estavam posicionados disparadores de fogos de artifício e acionadores de labaredas.

As luzes se apagaram na hora prevista, ao final da discotecagem, veio a célebre frase “You wanted the best, you’ve got the best, the hottest band in the world: KISS!”. Depois disso, a imensa cortina preta que cobria o palco, com o famoso logotipo prateado despencou ao mesmo tempo em que a banda mandava os acordes iniciais de “Deuce”.

A formação atual do grupo inclui os membros fundadores: Gene Simmons (baixo) e Paul Stanley (guitarra base). Completam a banda: Tommy Thayer na guitarra solo e Eric Singer na bateria, ostentando as maquiagens e funções que pertenciam a Ace Frehley e Peter Criss. A primeira parte do show consistiu na homenagem ao clássico álbum duplo ao vivo Kiss Alive!.

A platéia era em grande parte formada por pessoas que nunca tinham tido a oportunidade de ver o Kiss ao vivo. O público cantou junto da banda as letras, desde a abertura com “Deuce” e “Strutter”. Até mesmo as coreografias de Paul, Gene e Tommy retratavam fielmente os anos 70.

“Got To Choose” e “Hotter Than Hell” se seguiram, e ao final desta Gene saiu do palco e retornou com uma espada flamejante e fez seu famoso número de cuspidor de fogo. Depois veio “Nothin’ To Lose” com os vocais de Simmons e Eric Singer e “C’mon And Love Me”, cantada por Paul. Realmente, o som na Apoteose estava muito bom, suficientemente alto para um show de rock, mas sem exageros.

As coisas pesaram com a rápida “Parasite” e a arrastada “She”. Pouco antes, porém, uma chuva começou a massacrar a Apoteose, e uma pequena parte do público se refugiou embaixo das arquibancadas. Paul falou para a platéia que a chuva não ia atrapalhar o show, com isso, a galera começou a sacudir freneticamente para espantar o desconforto do pé-d’água. A seguir veio “Watchin’ You”, cantada por Gene. A seguir veio “100,000 Years”. A versão incluiu solo de bateria de Singer, que levitou envolta por uma cortina de fumaça, uma longa interação de Paul com a platéia e um duelo de voz e guitarra conduzido por Paul e Tommy.

No segmento final desta primeira parte do show, atacaram com “Cold Gin” e “Let Me Go, Rock’n’Roll”. Aqui sutiãs foram arremessados no palco para deleite de Paul. Foi muito engraçado ver 3 sutiãs pendurados na guitarra de Paul. “Black Diamond” incluiu as habituais brincadeiras de Paul de inserir “Stairway To Heaven” (do Led Zeppelin), antes da música. Depois, Tommy Thayer solou ajoelhado no chão, enquanto Gene e Paul faziam movimentos pendulares, seguidos por viradas de bateria que antecedem explosões e fogo.

Por fim, “Rock And Roll All Nite” dá, de forma objetiva, o recado do Kiss: uma festa e deve ser curtida como tal. Uma chuva de papel picado cai nessa hora sobre o palco. O final, catártico, incluiu a esperada quebra da guitarra por Paul.

Após um rápido descanso, o retorno se deu com mais uma série de hits relativos aos anos posteriores ao “Alive”. Veio “Shout It Out Loud”, com vocais alternados de Paul e Gene. Depois veio “Lick It Up”, única do show oriunda da fase desmascarada. A música fez sucesso entre o público mais novo, que a conhecia de cor e salteado. Gene apareceu com seu baixo em formato de machado. Seu solo não incluiu o tradicional vôo, provavelmente por conta da pesada chuva que já tinha passado. Para compensar, Gene cuspiu sangue, truque divertido.

“I Love It Loud” manteve o pique nas alturas, com seu refrão sem letra cantado, como sempre, em uníssono pela audiência. “I Was Made For Lovin’ You” é sempre contagiante, sendo sua versão ao vivo infinitamente superior à original de estúdio, com arranjo dançante.

Os responsáveis pela produção aproveitaram para testar a tirolesa que levaria Paul Stanley a sobrevoar o público durante a música programada para ser tocada em seguida, “Love Gun”. Provavelmente também devido à forte chuva que caiu antes, o vôo foi cancelado e também a música, o que foi uma pena, pois se trata de um clássico.

Emendaram com um grande clássico “Detroit Rock City”, que encerrou com chave de ouro uma noite impecável. A festa se encerrou com uma série de grandes explosões de fogos de artifício, lançados por trás do palco, enquanto a banda se despedia do público, a essa altura extasiado e plenamente satisfeito. (Foto: O Globo)

domingo, 3 de maio de 2009

CineCrítica - X-Men Origens: Wolverine

Admito que até esperava menos de um filme basicamente de ação, com história alterada da original, de praxe cinematográfica. Os expectadores se deparam com dois "irmãos" bem estranhos, mutantes (figurantes) diversos e um Gambit deveras poderoso. Falando em roubar a cena, fica difícil definir o Top 5 com a cambada de freaks que dão um show de movimentos rápidos e rasteiros, ou soltam puro sarcasmo pela boca. Certas figurinhas conhecidas que fazem pontas como, por exemplo, o cantor Will.I.Am do Black Eyed Peas, no papel de John Wraith, e Ryan Reynolds que interpreta o samurai Wade Wilson, conhecido pelo nome de Deadpool.

A produção foi bastante ambiciosa no quesito efeitos visuais. Tantas cenas, senão mentirosas, muito pouco prováveis que dão vontade de rir. Nos inúmeros momentos explosivos, você lembra de Duro de Matar, Missão Impossível e até de Triplo X.

Por coincidência (rs), já li a HQ que conta sobre as origens do carcaju, e notei algumas adaptações feitas para a película, e que acabaram por aproximar ainda mais os rivais Logan, o Wolverine (Hugh Jackman) e Victor Creed, o Dentes de Sabre (Liev Schreiber) em anos. O background da dupla até lembra um pouco a história do clã MacLeod, da série Highlander.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Crítica Musical - Iron Maiden: Somewhere Back in Time

É Iron Maiden no Rio, dia de tirar do armário e vestir a camisa da banda. Devido à grande popularidade do Maiden, um bom público, de cerca de 25.000 pessoas, compareceu ao show. A chuva que caiu na véspera e também no próprio dia do show contribuiu para a temperatura amena na Apoteose. Para abrir o show, foi convocada a filha do baixista do Maiden (Steve Harris): Lauren Harris. O show dela iniciou exatamente às 20:30h.

Por volta das 21:30h, também pontualmente, começou a tocar a música “Doctor, Doctor”, do UFO. Os fãs gritaram nessa hora, pois sabiam que o Iron inclui a canção antes de seus shows. Apagaram as luzes novamente, então de repente, os telões começaram a mostrar a banda na estrada e o avião Ed Force One, ao som de “Transylvania”. As imagens são do documentário Flight 666.

Surge então um vídeo preto e branco de Winston Churchill, ex-Primeiro Ministro inglês com seu discurso compelindo os ingleses a lutarem pelo país na 2ª Guerra Mundial, e que antecede a música “Aces High”. Surgiram finalmente no palco os 6 integrantes da banda. É “Aces High”ajudou muito na perda da minha voz ao final do show.

A turnê Somewhere Back In Time presenteou os fãs com um setlist homenageando discos da década de 80. Dessa forma, “Wrathchild”, do 2º disco do grupo, veio a seguir. Já “Two Minutes To Midnight” é um clássico mais recente. A produção como um todo estava impecável com estátuas egípcias (bem anos 80) e um cenário que permitia o deslocamento dos integrantes por mais de um nível.

Um momento especial veio a seguir, com clássicos raramente tocados ao vivo: “Children Of The Damned” e “Phantom Of The Opera”. Os sorrisos estampados nos rostos dos presentes claramente mostraram que aquele era um momento único.

Dickinson trocou o figurino, vestiu sua célebre jaqueta vermelha e, bandeira da Grã-Bretanha aos frangalhos em punho, anunciou a literalmente galopante “The Trooper” para a multidão empolgada. Um pouco mais recente, outro retumbante sucesso foi apresentado, “Wasted Years”, música contagiante que levanta o astral de qualquer pessoa.

Um hino épico veio na seqüência, “The Rime Of The Ancient Mariner”, com os fãs mais aguerridos acompanhando as partes narradas. A ótima “Powerslave”, que a seguiu, foi um dos clímax da noite, com Bruce devidamente caracterizado com uma máscara egípcia. A música fala como as pessoas podem ficar "escravas do poder”.

Para o ritmo não cair: “Run To The Hills” (a eterna batalha do índio com o branco foi bradada pela platéia e por mim, claro) e “Fear Of The Dark” (alguns dizem que ela é comercial, mas “o medo do escuro” contagiou a todos) são escolhas óbvias, com Bruce e o público cantando juntos. A seguir, mais um clássico do grupo, “Hallowed Be Thy Name”. “Iron Maiden” fechou o segmento, de forma impressionante: o túmulo em forma de esfinge posicionado atrás da bateria de McBrain se abriu e surgiu o mascote Eddie como múmia, balançando os braços e "partiu" para o ataque.

O retorno para o bis, começou com “The Number Of The Beast”, o super hit inspirado na obra A profecia. O pique permanecia intacto, com explosões e fogos no palco que aqueciam todo o público. “The Evil That Men Do” trouxe o Eddie futurista da capa de Somewhere In Time, munido de pistola, ele se movimentou pelo palco e simulou um ataque à banda. Para encerrar a noite: “Sanctuary” do 1º disco e a confirmação de que os fãs saíram satisfeitos.

sábado, 11 de abril de 2009

CineCrítica - Watchmen - O Filme

Felizmente, o projeto, baseado na brilhante história de Alan Moore e nos traços clássicos de Dave Gibbons, foi parar nas mãos de Zack Snyder que o tratou com a fidelidade que seus admiradores exigiam. O ponto central de Watchmen é a iminência de uma guerra nuclear em larga escala entre os Estados Unidos e a União Soviética. A obra é um universo de discussões sociais, morais, artísticas, governamentais... humanas.

A história condensa e alterna passado e presente, com um bombardeio de informações, origens, sub-tramas e imagens. Como a graphic novel, não é para se experimentar uma única vez, pois exige amadurecimento e análise. A equipe de roteiristas também teve suas próprias e inspiradas alterações. São atalhos criados para eliminar tramas paralelas e dar relevância a determinados personagens. O novo final mantém a integridade ideológica de Moore.

Esse filme conta com um excelente elenco com atuações memoráveis (as que mais impressionaram em ordem de importância): Jackie Earle Haley (Rorschach), Jeffrey Dean Morgan (Comediante), Patrick Wilson (Coruja), Matthew Goode (Ozymandias) e Carla Gugino (a 1ª Espectral).

Snyder recria os cenários e figurinos com uma fidelidade obsessiva (ainda bem) e conta com uma produção bem rica. Suas marcas como cineasta ficam restritas às cenas de ação. O diretor não adicionou nenhum momento mais empolgante que não existisse na graphic novel, mas não perdeu a oportunidade de torná-los mais violentos e intensos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

CineCrítica - Jogo entre Ladrões

Um pequeno furto foi o valor do ingresso cobrado para assistir a esse filme. Do que adianta contratar duas figuras de renome quando a história é batida e o final previsível (mesmo com uma mudança no rítimo do filme)? Não se preocupe, se ficar complicado eles explicarão tudinho para você.

Os ladrões da produção são Ripley (Morgan Freeman) e Jack Monahan (Antonio Bandeiras). Dobradinha que desceu sem gosto, e muito picotada. Na hora de planejar o evento, os indivíduos agem com uma rapidez, sem qualquer manha como em "Onze Homens e um Segredo", película da qual muitos diriam para nem comparar. Reduza o contingente para duas pessoas, retire o segredo, elimine o estilo malandro e cafajeste. O resultado está na tela.

Acredito (posso estar errado) que em ambos casos, não deve ter sido muito difícil interpretar os respectivos papeis. Não há desafios no quesito atuação, talvez somente no físico. Principalmente para o vovô Freeman. Será que para quem já ganhou um Oscar de "Melhor Ator Coadjuvante", só resta se divertir com filminhos batidos?

PS: A primeira vez que eu vi o Bandeiras no poster achei que fosse o Bono Vox. lol

domingo, 29 de março de 2009

CineCrítica - Sim Senhor

Jim Carrey enfim, retornou meio enrugado até, aos trejeitos e expressões que o consagraram. Na trama, ele vive Carl Allen, sujeito muito negativo, com uma vida regrada por uma rotina enfadonha e solitária. Ao visitar um estranho curso de auto-ajuda, ele faz um pacto: dizer "sim" a todas as oportunidades que aparecerem. E a vida de Carl imediatamente se transforma.

O diretor Peiton Reed tem uma sensibilidade bem distinta para a comédia. Ele faz com que o filme se torne uma agradável surpresa, mesmo com um roteiro previsível, que parte da velha premissa de mudança de postura perante a vida, mas as piadas são boas e o elenco de apoio é impagável.

A cantora e atriz Zooey Deschanel dá uma palhinha cantando na banda criada para o filme (na minha opinião, bem parecida com a banda brasileira Cansei de ser sexy), além de ter um bom tempo humorístico. Igualmente competente em seu humor está Terrence Stamp, que interpreta o guru de auto-ajuda. Completa a trinca Rhys Darby(uma grata revelação da comédia) que interpreta o chefe de Carrey. O ator simplesmente rouba todas as suas cenas das festinhas que rolam no seu flat.

A competência do elenco e do diretor conseguem equilibrar os trejeitos de Carrey, que ainda agradam aos fãs, fazendo com que Sim Senhor resulte acima da média das comédias americanas e consiga arrecadar uma bela bilheteria. Quem quiser dar algumas gargalhadas e ainda absorver uma boa mensagem de auto-ajuda, ainda que previsível nesse tipo de comédia americana, não pode perder esse filme.

sábado, 14 de março de 2009

CineCrítica - Operação Valquíria

Opa, posso ouvir Cruise falando em alemão. Não acredito, que fo....ah não, deixa. Vai ser tudo em inglês mesmo. Ia dar muito trabalho se geral tivesse que aprender alemão para a produção. Afinal de contas, Bryan Singer não é nenhum Mel Gibson.

A Segunda-Guerra é de fato um assunto que fascina. E o filme sério dirigido por Singer (X-Men 1 e 2, Superman Returns) cumpre o papel de recriar o ambiente da tentativa de assassinato do Führer em junho de 1944. Uma das quize tentativas, sem sucesso por sinal (duh). Tom Cruise, o Coronel Claus von Stauffenberg, com, apenas, três dedos (seis a menos que Lula, rs) comandou toda a missão, que chega a dar pena, de nao ter sido completada. Só no time dos conspiradores tem alguns feras incluindo Kenneth Branagh como o ágil General Henning von Treschkow, e Terence Stamp como o honroso Ludwig Beck. Além do "fiél" General Friedrich Fromm, interpretado por Tom Wilkinson. Este foi o terceiro trabalho sobre a história de Stauffenberg, sendo as duas últimas produções alemãs.

Amarrado, dinâmico e cheio de linhas proferidas por personagens de diversas patentes. Não espere uma película sobre a guerra, mas uma trama envolvendo tentativa de assassinato e golpe de estado (apesar de admitir que só de ver e ouvir os exércitos serem reunidos já dá aquela ânsia de guerra ahhh). Basicamente, os conflitos internos alemães se baseiam em uma jornada próxima de atos diplomáticos e com manipulação, tentando alcançar a beira do bom senso para a "Sacred Germany". E não é que o próprio Hitler aparece, ainda sim, prefiro a versão germânica de "A Queda - As Últimas Horas de Hitler". Pareceu-me mais autêntico à figura de Adolf.

sábado, 7 de março de 2009

CineCrítica - Quem Quer Ser um Milionário?

Máá oiiiii! Quem quer dinheiro? Você está certo disso? Sim, resposta D: o grande vencedor "Quem Quer Ser um Milionário?" levou 8 oscars e arrebatou mais de dez premiações. Será teoria da conspiração? O Caminho das Índias? Que nada. A (mafiosa) academia indicou produções inapropriadas para competir com o filme que nem é lá "desgraceiro" de verdade.

Digo que mereceu os prêmios de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia. Explico: uma jornada dinâmica e emocionante que tem como cenário pontos turísticos como o Taj Mahal. Ângulos bem trabalhados de uma câmera que teve momentos que não parava quieta. Tudo bem encaixado, amarrado, uma história de amor de desenrolar leve e dramático. Personagens simples mas não simplistas, o "favelado" Jamal K. Malik (Dev Patel), o irmão mais velho, o líder e mandante Salim, e a companheira, amiga e amada Latika. Trio que cresce e aparece diante das câmeras em três gerações.

Uma união mais que oficial da maior produtora cinematográfica do mundo, Bollywood, com Hollywood. Produção norteamericana com cara de indiana, e uma dancinha afiada nos créditos. Bravo!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Selo Laranja

Selo indicado pelo colega blogueiro Renan Barreto do blog http://melhoropiniao.blogspot.com/.

Regras

1- Exiba a imagem do selo “Laranja” que vc acabou de ganhar!
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique quantos blogs você quiser que você considera criativo.
4- Escrever 4 formas que você usa para expressar sua criatividade.


Meus blogs indicados:

http://brasilstation.blogspot.com/

http://alemdolide.blogspot.com/

http://mentecuca.blogspot.com/

Criatividade a solta:

Quando escrevo o que penso, quando crio um personagem, quando faço um brainstorm com o pessoal, ou na hora de expressar-me visualmente com uma câmera.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

CineCrítica - Dúvida

Perdoe-me padre, pois eu tenho dúvidas! Como definir as interações dramáticas entre o respeitável padre Brendan Flynn (Philip Seymour Hoffman) e a irmã Aloysius Beauvier (Meryl Streep)? Indicada (poderia ter sido premiada)! Sim, os dois atores foram indicados pela academia nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz. Quem torceu pela premiação só ficou na vontade. Valeram as cinco indicações, iai! rs

Mas voltando ao filme...

"Dúvida" é um filme de história simples, mas que cresce de forma complexa e elaborada, tudo graças ao diretor e escritor John Patrick Shanley, que também escreveu a peça de mesmo nome. A idéia de produzir algo para o cinema tinha realmente tudo para dar certo, em 2005, a composição dramática levou o prêmio Pulitzer de drama.

Uma guerra entre um padre e uma freira, em que, abaixo dos "tiros", fica agachada a religiosa professora, a irmã James, interpretada por Amy Adams, que reza em seu canto, esperando um cessar fogo. Bem diferente de seu papel na comédia musical "Encantada", como a princesa alegre e incansável Giselle. A atriz também foi indicada na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, fazendo concorrência com uma outra atriz do mesmo filme, Viola Davis, que interpretou a mãe do coroinha Donald Miller (Joseph Foster).

Palmas também para a tensão e dinamicidade dos diálogos do já conhecido Seymour Hoffman e Streep que dispensa comentários (foi agraciada pela academia apenas duas vezes em duas categorias). Apesar de ser um drama, não irão cair lágrimas de seus olhos ao assisti-lo. Não há desgraças, somente uma dúvida que se baseia na mais firme certeza.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CineCrítica - O curioso caso de Benjamin Button

O Curioso Caso de Benjamin Button, dirigido por David Finch, é a mais nova tentativa bem-sucedida de toda a sua brilhante cinematografia. Trata-se de uma bela fábula; Benjamin Button nasce velho, às portas da morte e doente. No entanto, a cada minuto ele rejuvenesce, numa dramática inversão do ciclo da vida.

No início o filme assombra pelos efeitos. É inacreditável ver o “velho bebê” ou “bebê velho” (como queiram), abandonado na escada de um asilo, com o rosto enrugado de Brad Pitt. Conforme Benjamin começa a balbuciar suas primeiras palavras e levanta-se com o auxílio de muletas, vamos nos acostumando com o corpo senil do personagem, criado através de computação gráfica e efeitos práticos de maquiagem. Enfim, quando Button está pronto para explorar o mundo lá fora estamos dispostos a acompanhá-lo.

O filme parte de uma premissa estranha que dá lugar a uma meditação sobre a mortalidade, a passagem do tempo e o amor, em uma bem amarrada sucessão de eventos históricos vividos pelo protagonista, o que já foi bem explorado em filmes como Forrest Gump.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CineCrítica - O Lutador

Com ares de um documentário e um orçamento próximo de uma produção independente, o filme "O Lutador" conta a história de um wrestler cinquentão, Randy "The Ram" Robinson (Mickey Rourke), caindo e afundando os pés na melancolia. Com relação a fotografia, já de início, nota-se como a câmera fecha no protagonista e o acompanha como se fosse um dos filmes do Michael Moore.

É interessante ver quando trabalhos como esse, que seguem a linha da decadência e da desgraça, acabam faturando indicações (e até premiações) no oscar, o "aclamado" prêmio da academia (vide Menina de Ouro). Acredito que é o limite, o verdadeiro teste para atores como Marisa Tomei que vive na pele uma stripper de nome Cassidy. Provavelmente, seu maior desafio, expor as carnes quase que por completo, e ainda incorporar o estresse de uma vida normal, fora dos clubes, com um filho de 9 anos. Tanto Tomei, quanto Rourke foram indicados nas categorias de melhor atriz coadjuvante, e melhor ator.

Mickey Rourke, que já foi lutador de boxe por anos, teve uma ligação forte com o papel. O que impressiona mesmo é aquele semblante que porta depois de cada problemão que surge na vida, uma cara de alguém sofrido, mas que continua na luta até o fim de seus dias. Foi o que o ator soube fazer bem, e de graça. Pois é, não recebeu nenhum centavo dos 7 milhões orçados para a produção. E acredita que seria Nicolas Cage que faria seu papel? De fato, seria um estilo completamente diferente.

E há também o mundo esmiuçado dos wrestlers, os que praticam a "Luta Livre". Os "armários" se encontram nos bastidores, lugar onde todo o espetáculo é planejado e até ensaiado. Daí saem manobras e estilos dos persongens que cada um criou. Uma espécie de luta teatral.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

CineCrítica - Vicky Cristina Barcelona

E o charmoso Woody Allen nos envolve: meros expectadores, diante de uma película exótica e caliente de se ver. Só o cenário (Barcelona e adjacências) já cativa seus olhos, e com seus ouvidos pode-se escutar uma narração simpática, que conta exatamente o que deve ser dito, ausentando-se nos momentos certos.

Atuação impecável de Javier Barden na pele do galante e sedutor Juan Antônio, perseguido por duas amigas diferentes (Scarlett Johansson e Rebecca Hall), além de uma ex-mulher maluca, uma porra-louca amável e talentosa interpretada por Penélope Cruz. Misture tudo no liquidificador, o produto é aquela história meio batida (ou ao menos, com alguns elementos batidos), embora deveras bem amarrada. Nada como um spanglês para ilustrar o rítimo doce e agradável, do modo como as coisas vão acontecendo.

A princípio, em uma terra onde se habla español, aquele sotaque peculiar e com nomes como Juan Antônio e Maria Elena, vão haver momentos que você vai lembrar das novelas mexicanas. Acho que é o que o Woody faz. Pega uma história normal, joga pimenta e sal, monta de forma gostosa e molha a tela do cara que está sentado embasbacado na poltrona.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

CineCrítica - O Dia em que a Terra Parou

Estrelas...quem diria, Keanu Reeves (o ator conhecido por seus semblantes frios e fisionomia uniforme) é um alien na refilmagem do longa "O Dia em que a Terra Parou". Logo em um momento em que o meioambiente é alvo de tanta atenção, Klaatu (Reeves), o amigo do planeta Terra, vem conferir os furos que a humanidade tem deixado.

Diante de uma película com imagens tranquilas, sem sustos e certos efeitos visuais, você até poderá dizer: "eu já vi isso no tal desenho", ou "igualzinho naquele filme x". De fato, alguns aspectos estéticos parecem um pouco retrô, mas é um prato satisfatório para os fãs de sci-fi, e ainda aqueles que quiserem conferir a nova versão da produção original de 1951.

Curioso foi o papel do filho de Will Smith, o ator mirim Jaden Smith, que ao longo do filme, cresce e surpreende ao lado dos colegas Reeves e Jennifer Connelly na pele do impetuoso Jacob Benson.

Como se trata de uma refilmagem sobre extraterrestres, espere deja-vus como a tradicional tática "atire antes, pergunte depois" do exército norteamericano, que já não precisa mais provar superior poderio bélico e militar a ninguém (embora, no cinema, ainda insista em faze-lo). Encarar batalhões armados e prontos para atirar em um alien (coitado) já ficou chato, apesar de fazer tempo que não assisto um filme assim. No mais, além do marketing de praxe, fica a crítica sobre como os humanos tratam o planeta (e como os EUA são briguentos quando encontram alguém que não vão com a cara).

domingo, 4 de janeiro de 2009

CineCrítica - Rede de Mentiras

Desde 2001, lembro-me que ao final do ano, tanto atores quanto produtores norteamericanos estavam solidários com a causa de não trabalhar mais com temas relacionados ao terrorismo e conflitos envolvendo os povos do Oriente Médio. Claro que foi somente uma formalidade, pois, no ano seguinte, estaríamos assistindo (hehe, na verdade eu não assisti) um filme qualquer, um tal de "Efeito Colateral", estrelado por ninguém menos que o atual Sr. Governador do Estado da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. Então, já deu pra sacar que essa produção aborda tais assuntos.

O combo Crowe e DiCaprio é um fênomeno que dá gosto de se ver. São dois que não param de se ligar em todo o drama. Personagens batidos (mas que não deixam de apimentar): de um lado o direto e bomzão Ed Hoffman, o veterano (Russel Crowe), e de outro o amigável e justo Roger Ferris, o agente de campo (Leonardo DiCaprio). Além da briga do "casal" pelos hemisférios leste e oeste, ainda é notável o jogo de contatos e a quebra do romance carnal em nome de uma outra cultura sem ser a deles.

Para não precisar fazer tantos DDIs, vigiar alguns sujeitos e ver quem está fazendo o que, você acaba se deparando com o já tradicional vislumbre do "pequeno" poder de vigilância que os EUA possuem, uma parafernália sem limites. Tudo bem...para quem tem o Google Earth (que NÃO é visualizado em tempo real), já está bom saber onde mora aquele seu vizinho, botar o alfinete na casa de sua namorada, ou descobrir a esfinge através de gráficos bem baixos. rs..

O filme fechou 2008, apesar da resenha ter vindo com um certo delay. rs..
Em nome da equipe Cine & Music desejo a todos os leitores um 2009 de novos erros, acertos e aprendizados!