A maior qualidade de Homem de Ferro é explorar Tony Stark como o mais falho dos super-heróis do cinema. Obviamente, o perfeito equilíbrio entre ação e humor também não prejudica em nada. Na trama, depois de revelar ao mundo que é o Homem de Ferro, Tony Stark enfrenta novos problemas: a mesma tecnologia que o mantém vivo começa a envenená-lo e um antigo inimigo da família Stark sai das sombras...
Favreau opta por aumentar a quantidade de personagens. É hora de sermos apresentados a Natasha Romanov, Ivan Vanko e Justin Hammer com função de atribular as já complexas relações entre o trio protagonista (Stark, Pepper e Rhodes). É tudo tão meticuloso que sobra até espaço para cenas legais com Happy Hogan e Nick Fury.
É ótima a maneira que Jon Favreau e o roteirista Justin Theroux concatenam as ligações entre os personagens e seus passados. Os dois novos vilões, Vanko e Hammer, são forjados na melhor tradição da Marvel Comics. Motivos justos e métodos bem questionáveis os distanciam da preferência do público. Aliás, não fosse o talento cômico e o carisma de Downey Jr., o próprio Tony Stark causaria repulsa. Como torcer por um sujeito narcisista e arrogante?
Homem de Ferro 2 entrega tudo o que se espera de um filme baseado nos quadrinhos também na ação. As seqüências explosivas são significativas, amarradas à trama e resumem de maneira visual os dilemas dramatizados. Favreu interessa-se também pelos efeitos especiais super bacanas e câmeras por todos os lados registrando a ação e explosões. O que chama a atenção são as armaduras reluzentes, mas o que sustenta o filme são os diálogos.
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