Loucura? Não exatamente, o que muitos críticos vêm falando sobre o filme "Sucker Punch" não bate com a história. Em Cine & Crítica, tentamos não escrever sinopses, portanto não tocarei muito no enredo para explicar.
A película em si lembra algo como um clipe musical moderno e com paisagens muito fascinantes, tanto nas cenas de ação quanto nas mais brandas. A verdade é que o elenco de mulheres que se apresentam como heroínas é belo em cada unidade. Rostinhos bonitos segurando armas de fogo num estilo meio jogos eletrônicos (d)e rpg foram o contraste, ainda assim, dá a impressão de reprise. Talvez o público-alvo principal seja mesmo os nerds.
Zack Snyder é experiente e sabe o timing exato em que deseja expor tal cena, tal ator, de tal forma. A fotografia é bem humana, nervosa e abilidosa quando a violência pega, tranquíla quando correm os diálogos.
Qualidade da sala de cinema a parte, "Sucker Punch" passou meio batido por contar histórias com elementos que já se viu por aí antes. No que se disse sobre a loucura, loucos são aqueles que passam por experiências parecidas e ficam calmos, sem traumas. O "mundo surreal" criado por Baby Doll (Emily Browning) e Snyder funciona como a mais pura válvula de escape, para a personagem e até para o expectador, talvez, por isso, caia sobre uma mensagem de motivação ao final.