quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CineCrítica - O Lutador

Com ares de um documentário e um orçamento próximo de uma produção independente, o filme "O Lutador" conta a história de um wrestler cinquentão, Randy "The Ram" Robinson (Mickey Rourke), caindo e afundando os pés na melancolia. Com relação a fotografia, já de início, nota-se como a câmera fecha no protagonista e o acompanha como se fosse um dos filmes do Michael Moore.

É interessante ver quando trabalhos como esse, que seguem a linha da decadência e da desgraça, acabam faturando indicações (e até premiações) no oscar, o "aclamado" prêmio da academia (vide Menina de Ouro). Acredito que é o limite, o verdadeiro teste para atores como Marisa Tomei que vive na pele uma stripper de nome Cassidy. Provavelmente, seu maior desafio, expor as carnes quase que por completo, e ainda incorporar o estresse de uma vida normal, fora dos clubes, com um filho de 9 anos. Tanto Tomei, quanto Rourke foram indicados nas categorias de melhor atriz coadjuvante, e melhor ator.

Mickey Rourke, que já foi lutador de boxe por anos, teve uma ligação forte com o papel. O que impressiona mesmo é aquele semblante que porta depois de cada problemão que surge na vida, uma cara de alguém sofrido, mas que continua na luta até o fim de seus dias. Foi o que o ator soube fazer bem, e de graça. Pois é, não recebeu nenhum centavo dos 7 milhões orçados para a produção. E acredita que seria Nicolas Cage que faria seu papel? De fato, seria um estilo completamente diferente.

E há também o mundo esmiuçado dos wrestlers, os que praticam a "Luta Livre". Os "armários" se encontram nos bastidores, lugar onde todo o espetáculo é planejado e até ensaiado. Daí saem manobras e estilos dos persongens que cada um criou. Uma espécie de luta teatral.

Um comentário:

Renan Barreto disse...

se esse cara fez de graça, o Nicolas Cage teria que pagar pra fazer esse filme. Odeio ele. É o ator mais inespressivo da face da Terra! Pelo que percebi o filme é bom ou pelo menos é interessante. O cara não era só ator, era meio que a vida dele ali, talvez tenha sido por isso que ele representou tão bem.

Valeu!