sábado, 30 de maio de 2009

CineCrítica - Anjos e Demônios

Primeiramente quero deixar registrado a quem leu este livro, que realmente verão um filme nada fiel, diferentemente de "O Código DaVinci", e é exatamente por isso que, sendo muito bem adapatado à linguagem cinematográfica, assistirão à um ótimo filme de suspense policial.

Em "O Código DaVinci" Ron Howard preservou muito a linguagem literária de Dan Brown, e em sua busca pela ação policial pecou deixando de fora componentes importantes e interessantes do livro, como o desenrolar e explicação dos enigmas encontrados nas obras de arte. Tudo isso deixou o roteiro longo dificil de ser entendido pelos espectadores que não leram o livro, transformando o longa em algo maçante e chato pela demora em sua conclusão.

Já "Anjos e Demônios" é um filme com o roteiro bem mais simples, entendível. A ação é muito mais dinâmica e objetiva, isto é, o filme começa e termina a mil. Sem parar, durante todo o filme, a ação se funde com a história e obriga o espectador a ficar ligado cem por cento no filme para não perder nenhum detalhe.

Portanto, eu chamo de roteiro bem adaptado o filme que consegue modificar para a linguagem cinematográfica um texto literário com a mesma emoção e dramaticidade, e isso, "Anjos e Demônios" tem de sobra.

O filme ainda conta com atuações regulares de Tom Hanks, novamente no papel do simbologista Robert Langdom, Ewan McGregor (A Ilha, Star Wars - A Vingança dos Sith) como o Camerlengo Patrick McKenna e Ayelet Zurer (Munique) como a cientista Victoria Vetra.

Enfim, com todos estes elementos ao seu favor, ao adaptar para o cinema a luta de Robert Langdom contra os illuminatis em busca do resgate dos preferidos para a sucessão do Papa, o diretor, Ron Howard, desta vez acerta na dosagem de supense e ação e com isso faz um filme não muito longo e eltrizante até o final. Para terminar digo que Ron Howard soube terminar o filme no auge, isto é, na linguagem coloquial, ele "sai por cima".

Um comentário:

Renan Barreto disse...

Eu li o livro. Achei bem bacana, pelo menos conseguiu me divertir. A narrativa do Brown é alucinante. Bem, cai no erro quem compara livro com filme. É o mesmo do que comparar música com escultura. Não há comparação entre duas formas de expressão diferentes. É errado. você falou bem nesse sentido, e vamos dizer a verdade, quando se faz um filme BASEADO é simplesmente uma adaptação e não um cópia fiél, até porque isso é impossível.

Bem, valeu e vou ver o filme no cinema (mentira, vou baixar) rsrs