Emoção! Talvez a melhor palavra de definição. À parte da ação, o novo episódio da série do bruxo inglês transmite, apenas, uma grande preparação para os futuros eventos que se seguiram nas duas últimas partes da adaptação. E mesmo agora, após tantos livros adaptados os fãs (normalmente os fãs) ainda se atrevem a fazer comparações, e a palavra adaptação (mais) uma vez em nunca é levada em consideração.
Digo que não li o livro, na verdade não li nenhum deles. Não saberia dizer se seria algo bom, pois daria maior imparcialidade. Enfim, o grosso da película fala basicamente sobre romances adolescentes (chove-não-molha de praxe), em paralelo com os dois planos maniqueístas, mais as recreações como o tal esporte quadribol, entre outras atividades colegiais.
O amadurecimento de todo o elenco é visível, o que não quer dizer que há, de fato, tantos destaques. O veterano Alan Rickman que interpreta Severo Snape, por exemplo, agora com um papel mais sólido na trama, mostra uma versatilidade de dar inveja, tanto em cenas cômicas, quanto às mais sérias e àquelas em que não precisou dizer muito, pois pairava o cabível silêncio.
Quanto aos efeitos visuais e o domínio dos planos de câmera, todos fazem jús a grande produção e o nome da franquia Harry Potter. Sete livros para oito filmes, uma das autoras mais ricas do mundo e o ator mais endinheirado do Reino Unido.