sábado, 28 de novembro de 2009

CineCrítica - 2012


Seguindo a leva de filmes com situações surreais que levam ao fim do mundo, "2012" não poderia ter outro diretor a não ser Roland Emmerich, mesmo diretor de "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã".

No grosso, o filme parte de uma previsão feita pelos Maias, que diz que o apocalipse ocorrerá em 2012 através das forças do sol. Dentro desta tese se desenvolve uma explicação que já foi contestada até por cientistas americanos.

Poderia ser mais um filme com este tema, mas desta vez, Roland se superou. Apesar da tese e do roteiro apenas ser direcionado a explicação do fim do mundo o filme tem seus pontos fortes nas cenas de destruição que são as mais elaboradas, mais abragentes e bem produzidas que já vi. Ótimos efeitos.

Além de contar com o ator John Cusack, "O Júri" (2003), "Identidade" (2003), "1408" (2007), que apesar de ter poucos prêmios em sua carreira considero um dos atores que trabalham não para aparecer, mas coletivamente para fazer bons filmes. Ele é o herói do filme que tenta salvar sua família.

Porém, eu tenho uma crítica. Por que todos os filmes de desastres, sejam naturais ou humanos, necessitam ter um herói americano que sacrificaria sua vida para salvar sua família ou o mundo? Por que simplesmente não pode haver o cientista que estuda o evento e acha uma maneira de evitá-lo ou salvar as pessoas do desastre iminente? Sempre tem que haver pessoas comuns que tentam salvar sua família ou seu amor!

Esse heroísmo me enoja. Espero que no próximo evento de destruição do planeta achem uma outra forma de escreverem as cenas de ação sem terem que colocar este tipo de personagem no roteiro. Então, o filme deixará de ser previsível, será diferente, ganhará o meu respeito. Quem sabe o filme não será visto apenas pelas cenas de ação e, sim, por seu roteiro e concorrerá a mais prêmios além dos efeitos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CineCrítica - Michael Jackson's This Is It

O que interessa para os fãs é que Michael está ali o tempo todo, dançando muito e comandando tudo. Trata-se de um ensaio com uma puta trilha sonora, recheado com muitas cenas pré-filmadas. Kenny Ortega, diretor do espetáculo, parece estar ali só para cuidar da parte cinematográfica. O filme mostra Michael Jackson como fazendo piadinhas, corrigindo músicos ("faça com amor, A, M, O, R"), ensaiando dançarinos, sempre perfeccionista. “É pra isso que ensaiamos”, repete depois de um esporro. "Queremos dar a eles talento como nunca viram antes", explica o cantor à equipe.

Os hits do astro vêm desde a abertura com "Wanna Be Startin' Somethin" até o encerramento ao som da emblemática "Man On The Mirror". São duas horas de “Beat it”, “Thriller”, “Billie Jean”, “I’ll Be There”, “Black or White”, entre outros sucessos. “Quero como está nos discos”, o rei do pop insiste com os músicos. Numa super produção hollywoodiana, "Smooth Criminal" vem acompanhado de um filme que coloca o cantor dentro do clássico Gilda. Ele foge de bandidos e interage com personagens. Curiosamente, a nova versão de "Thriller", com direito a aranhas gigantes, fantasmas e múmias, descaracteriza um pouco o clássico dos videoclipes. Pelo menos, não mudaram a famosa coreografia apresentada no palco. Pô, eu quero é ver zumbi!

This Is It se restringe a um musical com breves momentos documentais por isso, acho que faltou alguma coisa, o filme acabou rápido demais, sei lá. E se você ficou com gosto de quero mais, fique até o final dos créditos para duas cenas extras emocionantes.

Músicas que são tocadas na íntegra no filme: "Wanna Be Startin' Somethin'", "Jam", "They Don't Care About Us", "Human Nature", "Smooth Criminal" , "The Way You Make Me Feel", "I Want You Back" , "I'll Be There", "I Just Can't Stop Loving You", "Thriller", "Beat It", "The Earth Song", "Billie Jean" e "Man In The Mirror".