sexta-feira, 28 de março de 2008

CineCrítica - 10.000 a.C.


Elder Motta

Roland Emmerich repete a receita básica do sucesso dos filmes épicos: a luta pela liberdade de um povo movimentada por um romance desatado. No entanto, errou a mão na dose de cada ingrediente.

O filme se passa no final da era glacial, onde a tribo de D'Leh (Steven Strait), com suas profecias, prevê a chegada de um grande guerreiro que levará a mão de Evolet (Camila Belle) e juntos libertarão seu povo dos demônios de quatro patas. Este guerreiro é o próprio D'Leh que parte para uma aventura em busca de seu amor e da liberdade de seu povo.

Entre essas aventuras há muitos efeitos visuais como, por exemplo, o tigre dentes-de-sabre, mas para uma super-produção somente efeitos especiais não bastam. A trama é muito pobre de roteiro (podemos até adivinhar as falas dos personagens) e há diversas falhas históricas e geográficas. As tribos falam a língua inglesa, existem caravelas gigantescas e cavalos.
Para o fim da era glacial ao mesmo tempo da construção das pirâmides do Egito o filme precisaria de muito mais ação para cobrir essas falhas.

Realmente a receita misturando fermentos de paixão e liberdade foi tão fraca que fez o bolo de 10.000 a.C. solar.

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