Admito que entrei na sala pensando que assistiria mais uma espetacularização banal da violência. Ledo engano. Graças ao roteiro seco de Bráulio Mantovani e a interpretação excepcional do elenco de “não-atores”, com destaque para os “Sandros” protagonistas, Última Parada 174 torna-se um bom filme.
O roteiro trata a violência como “caldo de cultura” para os dramas vividos por seus personagens, não cedendo à tentação dos efeitos visuais e montagens moderninhas. Ao optar por diferenciar, através da fotografia, a ficção da realidade, o filme ganha em veracidade. A dica é correr pra assistir o documentário 174 de José Padilha e comparar com as soluções ficcionais do diretor. Belo acerto na filmografia de Bruno Barreto, que parece até ter recuperado o vigor.
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