E o charmoso Woody Allen nos envolve: meros expectadores, diante de uma película exótica e caliente de se ver. Só o cenário (Barcelona e adjacências) já cativa seus olhos, e com seus ouvidos pode-se escutar uma narração simpática, que conta exatamente o que deve ser dito, ausentando-se nos momentos certos.
Atuação impecável de Javier Barden na pele do galante e sedutor Juan Antônio, perseguido por duas amigas diferentes (Scarlett Johansson e Rebecca Hall), além de uma ex-mulher maluca, uma porra-louca amável e talentosa interpretada por Penélope Cruz. Misture tudo no liquidificador, o produto é aquela história meio batida (ou ao menos, com alguns elementos batidos), embora deveras bem amarrada. Nada como um spanglês para ilustrar o rítimo doce e agradável, do modo como as coisas vão acontecendo.
A princípio, em uma terra onde se habla español, aquele sotaque peculiar e com nomes como Juan Antônio e Maria Elena, vão haver momentos que você vai lembrar das novelas mexicanas. Acho que é o que o Woody faz. Pega uma história normal, joga pimenta e sal, monta de forma gostosa e molha a tela do cara que está sentado embasbacado na poltrona.
2 comentários:
Rodolpho, faz um tempo que não lia uma resenha tão maneira assim. A comparação com Espanglês é ótima. A narrativa parece ser bem tranquila, mas concisa. Parabéns. O texto está primoroso.
Muito boa sua critica, concondo com vc sobre o filme. E ainda digo que ele é maravilhoso. Principalmente pelo seu elenco.
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