sábado, 6 de dezembro de 2008

Crítica musical - Queen + Paul Rodgers

Na noite do dia 29 de novembro de 2008, num sábado, mais um especial show de rock aconteceu. O show foi na Arena HSBC, na Barra, Rio de Janeiro. Foi realmente especial, pois era a noite da nova grande banda Queen + Paul Rodgers!

Tendo Spike Edney, o “quinto elemento” do Queen, nos teclados, Danny Miranda no baixo, e Jamie Moses na guitarra base, Brian, Roger e Paul Rodgers iniciam um show explosivo, por volta das 22:40h, com os hard rocks “Hammer to fall” e “Tie yor mother down”!!

Depois de “Fat bottomed girls” (com maior duração), “Another one bites the dust” e “I want it all”, é chegado o momento do hit pop-rock “I want to break free”. Brian e Roger mostram que estão em forma, e Paul Rodgers consegue animar o público. São tocadas as músicas próprias do novo projeto “C-lebrity” e “Surf´s up... School´s out”, que são bem legais!

Paul Rodgers não atingiu certas notas agudas de algumas músicas do Queen, mas isso não tem nada a ver com o pensamento errado de algumas pessoas de que ele está ali para substituir Freddie Mercury! Comparações não levam a nada!

A questão é que em relação ao que Paul já foi capaz de cantar (ou que talvez ainda seja capaz de cantar), ele não foi perfeito, mas o timbre da voz de Paul Rodgers é bem agradável, e ele tem carisma; A prova disso foi ele ter cantado “Seagull”, do Bad Company, tocando violão. Foi o momento em que ele fez tudo sozinho, e mandou bem!

O carisma de Brian é evidente quando ele canta sozinho, ao violão, uma das mais emblemáticas e eternas músicas do Queen: “Love of my life”; Ele chega a se emocionar ao final da música! Depois da versão arrasa-quarteirão de “39”, e um ótimo solo de bateria de Roger Taylor (tendo a bateria sido montada por um roadie na frente do palco, peça por peça, enquanto Roger fazia o solo), é a vez do importante baterista mostrar que sempre soube cantar bem, apresentando, com a presença de Brian May, a poderosa “I´m in love with my car”.

Roger também canta “A kind of magic”; Depois 3 músicas do novo grupo são tocadas: “Say it´s not true”, “Feel like making love” e “We believe” (todas ótimas músicas, tendo Paul reassumido os vocais). “Bijou” é cantada por Freddie Mercury, no telão; Em seguida, Brian mostra o que é tocar guitarra com feeling, apresentando a instrumental “Last horizon”.

Roger e Brian cantam “Under pressure”, e Paul canta “Radio ga ga”. Em seguida são tocadas “Crazy little thing called love’, “The show must go on” e “Bohemian Rhapsody”; Essa última foi apoteótica, com Paul cantando junto com Freddie, que estava no telão. Bela homenagem a Freddie!

Todos os músicos saem do palco. Fim de show? Claro que não! Brian May, com camisa do Brasil, e todos os músicos voltam para tocar “Cosmos rocks” (música que vem a ser o nome do disco da nova banda), “All right now”, do Free (foi quando alguém que chegou a invadir o palco foi aplacado pelos seguranças), e pra finalizar com chave de ouro, são tocados os hinos “We will rock you” e “We are the champions”, músicas em que o público se expressou cantando junto a plenos pulmões!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

CineCrítica – 007 - Quantum of Solace

Os cinéfilos, que esperavam algo inovador ou artístico nas mãos do alemão Marc Forster (A Última Ceia, Em Busca da Terra do Nunca, O Caçador de Pipas) podem até mesmo se decepcionar, pois não há nenhuma inovação. Ele inclusive trouxe de volta à série um elemento clássico que tinha ficado de fora do último filme como a vinheta com silhuetas femininas dos créditos iniciais.

Mesmo sendo o filme mais curto da série, não é o menos agitado. Dos rápidos 106 minutos quase todos eles são correndo de um lado para o outro, pulando atrás dos vilões e acelerando seu novo Aston Martin (que ao final da cena de abertura já está aos pedaços). Bond também usa e abusa de sua lábia para levar para a cama a linda e ruiva Strawberry Fields (ah, os nomes das Bond Girls continuam tão deliciosos quanto suas intérpretes).

A história é uma verdadeira volta ao mundo, pois há cenas no Haiti, na Áustria, na Inglaterra e na Bolívia. Por onde passa, o agente do serviço secreto britânico faz valer a sua permissão para matar, deixando um enorme rastro de sangue que pode gerar problemas para ele em sua organização.

Os vilões procurados por 007 são eco-especuladores da Quantum (e porque não dizer eco-terroristas?), atualização da SPECTRE que remetia à Guerra Fria. Além de mostrar esses novos personagens que se aproveitam da histeria ecológica, que é um segmento do mundo dos negócios bem lucrativo, são bem interessantes as visões da CIA e das ditaduras latino-americanas abordadas no filme. Ela mostra que os roteiristas ainda têm ousadia para mostrar um pouco de geopolítica mesmo em um blockbuster clássico como são os filmes de 007.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CineCrítica - Max Payne

Aproveitando o que o companheiro blogger Renan Barreto disse no comentário do "Queime Depois de Ler", "depois que inventaram a roda com Matrix" fica realmente difícil fazer um trabalho de ação original, principalmente falando sobre o novo filme de Mark Wahlberg. "Max Payne", que veio não de uma HQ, mas de um jogo de computador (que, aliás, chamou bastante atenção na época em que foi lançado) conta a história de um detetive pai de família que jura vingança após a morte da esposa e filha.

Diferente do momento em que o jogo foi lançado (2001, dois anos depois de Matrix), hoje, o bullet time é um efeito visual que já se tornou clichê na telona. O que resta é a história que tem na raíz uma vingança no estilo Kill Bill, e que se envolve em uma perigosa máfia, mais intrincada do que aparenta.

Vê-se, então, muita ação, tiros, e...blá,blá,blá. Um filme que passa batido para qualquer um que não tenha jogado o jogo e esteja cansado do mesmo estilo de película. Caso ainda esteja ávido, sentado na cadeira, em frente ao computador, curioso para assistir as aventuras de Max e Mona Sax (ah sim, Mila Kunis, do That's 70s Show), vá em frente. É bem legalzin...rs

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CineCrítica - Queime Depois de Ler

Com o foco no mundo, o filme começa como uma novela...melhor, uma rede de intrigas. Algo pequeno acontece e as coisas ficam sérias. Personagens bem característicos fazem um misancene em volta de um pequeno ato desleixado. Quando tudo engrossa, ninguém dá mais a mínima.

Admito que, desde o consagrado "Onde os Fracos Não Têm Vez", virei f'ã dos trabalhos e da fotografia dos irmãos Joel e Ethan Coen, que captam uma visão diferente das cenas. Diria fria, talvez peculiar. Com um elenco que reúne Brad Pitt, George Clooney, Frances McDormand, Tilda Swinton e John Malkovich, as tenções e atenções fecham em torno de uma arte de interpretação singular, e muita sofisticação. Três palavras: esquisito, canalha e surpreendente.

Com um roteiro que aparenta ser um pouco picotado, as aparências o enganaram. Até em tal ponto percebe-se o equilíbrio e um estilo por concluir situações. Com o mesmo foco no mundo o dinâmico J.K. Simmons se despede do caso.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Crítica Musical - Metallica - Death Magnetic

Muitos já acreditam que este novo álbum seja a volta definitiva do Metallica às suas raízes. Fatores como a inclusão da faixa intitulada “The Unforgiven III” realmente mostram a banda tentando resgatar as glórias metálicas de seu passado, mas ainda com toques modernos e um som diferenciado em algumas faixas.

Para a alegria dos fãs mais ortodoxos, músicas mais longas voltam a fazer parte do repertório de um dos ícones do Trash Metal. Porém, a impressão deixada ao decorrer da audição do álbum é de que a banda ainda está caminhando para uma verdadeira volta ao som de seus primórdios, mas isso pode ser considerado uma esperança para tantos fãs desapontados com as mudanças drásticas na sonoridade da banda em seus últimos lançamentos.

O álbum pode ser dividido entre verdadeiras pancadas em forma de som que realmente lembram o antigo Metallica - como as ótimas “The Day That Never Comes”, “The End of The Line” e “My apocalipse” - e baladas mais lentas com um toque de rock alternativo que transmitem certa viagem sonora, cantadas de forma mais “limpa” por James Hetfield, como “The Judas Kiss” e “All Nightmare Long”.

Marcado por um som mais próximo dos tempos áureos do Metallica em grande parte das faixas, ‘Death Magnetic’ demonstra duas faces da banda. A primeira face mostra a vontade de voltar ao passado de forma digna ao mesmo tempo em que a segunda mostra uma preocupação em não fazer um álbum integralmente nostálgico.

Enfim, o Metallica consegue resgatar uma qualidade próxima de seus álbuns clássicos inserindo inovações em seu som, o que parecia uma tentativa constante. Ao ouvir este lançamento, qualquer um que conheça a banda pode perceber que finalmente conseguiram!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

CineCrítica - Última Parada 174

Colaboração de Sandro Tebaldi

Admito que entrei na sala pensando que assistiria mais uma espetacularização banal da violência. Ledo engano. Graças ao roteiro seco de Bráulio Mantovani e a interpretação excepcional do elenco de “não-atores”, com destaque para os “Sandros” protagonistas, Última Parada 174 torna-se um bom filme.

O roteiro trata a violência como “caldo de cultura” para os dramas vividos por seus personagens, não cedendo à tentação dos efeitos visuais e montagens moderninhas. Ao optar por diferenciar, através da fotografia, a ficção da realidade, o filme ganha em veracidade. A dica é correr pra assistir o documentário 174 de José Padilha e comparar com as soluções ficcionais do diretor. Belo acerto na filmografia de Bruno Barreto, que parece até ter recuperado o vigor.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CineCrítica - As Duas Faces da Lei

Dois policiais coroas de Nova Iorque, que já eram para estar em casa assistindo tv, encontram pistas que levam a um assassino serial. O sujeito tem o hábito de deixar poemas ao lado dos cadáveres de suas vítimas. Os interessantes personagens interpretados por De Niro e Pacino são Thomas Cowan, o líder da dupla que quer fazer justiça a qualquer preço e David Fisk, aquele tira fiél que utiliza como exemplo os atos de seu parceiro.

A produção traça duas linhas, presente e flashes do futuro, parecido com o que aconteceu na última temporada de Lost, portanto, as coisas ficam um pouco complicadas. Vá assistindo o filme que em breve tudo se encaixará (praxe). Quem fica ligado desde o início, percebe que nem tudo é o que parece e que certos atores costumam pegar papéis sob medida. Em critério de imagens, o ritmo da película é bem dinâmico.

Quando se assiste a Al Pacino, fica aquela dúvida se alguma vez teve improvisação. A razão disso são suas falas, que, aliás, não deixam de ser ácidas, e são pronunciadas com uma naturalidade de arrancar sorrisos do público, ainda mais para os coroas presentes na sala.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

DVD - Aerosmith - You gotta move

Em 2006 eu tive o prazer de comprar, ver e ouvir o primeiro DVD de um show da lendária banda de rock Aerosmith. Na verdade, foi uma experiência marcante para mim, pois o Aerosmith, essa grande banda americana com 35 anos de carreira fonográfica (tendo se formado em 1970), é a minha banda favorita.

O nome do DVD, lançado em 2004, é You gotta move. Esse nome é também o título de uma das músicas do último álbum de estúdio da banda: Honkin´on bobo, de 2004. Trata-se de um álbum em que a banda fez releituras de blues clássicos, apresentando uma música própria: “The grind”.

Do show com base nesse último álbum, foi gravado um especial com duas horas de duração que foi ao ar na A&E. O DVD é grande, com um show apresentando quase todos os clássicos da banda, mais cinco canções não incluídas no especial da A&E, comentários dos integrantes do Aerosmith, um CD bônus com seis faixas e ainda o making of de Honkin´on bobo!!

O show começa energético com “Toys in the attic”, música que abre o homônimo álbum clássico de 75. Em seguida é tocada “Love in an elevator” do álbum Pump, de 89.

A banda prossegue detonando com “Cryin´”, “Back in the saddle", do álbum Rocks, de 76, “Draw the line”, de 77, a clássica balada “Dream on”, do primeiro disco, com o nome da banda, de 73, o hit “Jaded” e a balada do filme Armageddon “I don´t want to miss a thing”, de 98.

Obviamente, não poderiam faltar os clássicos “Sweet emotion” e “Walk this way”, do álbum Toys in the attic. O show ainda apresenta “Fever”, “Rats in the cellar”, “Last child”, “Livin´on the edge” e “Same old song and dance”.

Senti falta das importantes músicas “Eat the rich” e “Janie´s got a gun”, mas de qualquer forma, Steven Tyler (vocal e gaita), Joe Perry (guitarra), Brad Whitford (guitarra), Tom Hamilton (baixo) e Joey Kramer (bateria) destroem nesse DVD! Steven Tyler (que sempre foi ótimo vocalista), mostra que, atualmente, é um dos maiores cantores do planeta.

Embora o DVD You gotta move não apresente legendas em português, ele é altamente recomendável para quem deseja saber como é o Aerosmith ao vivo.

sábado, 18 de outubro de 2008

CineCrítica - Rio Mix Festival

No dia 04/10, mais especificamente no Teatro Popular de Niterói, rolou o Rio Mix Festival e como dizia o ingresso era um festival bem familiar: só tem brother. Bem, brincadeiras à parte, o festival que contou com as apresentações de Marcelo D2, Natiruts e O Rappa, que se apresentaram nessa ordem, conseguiu reunir um público bem diversificado e numeroso (cerca de 15000 pessoas).

O show começou com Marcelo D2 com sua mistura característica de samba com hip hop em músicas como: "1967", "Desabafo", "Qual é" e "O gueto". O Planet Hemp também foi lembrado por D2: "Mantenha o respeito" e "Ex-quadrilha da fumaça" foram exemplos de músicas da época que D2 vendia camisas de rock na Cinelândia.

Depois veio Natiruts com um legítimo reggae brasileiro. O grupo que se chamava Nativus nos anos 90 tocou os hits dessa fase: "Liberdade pra dentro da cabeça" e "Presente de beija-flor". Além delas outras músicas foram tocadas como, por exemplo, "Reggae power", "Andei só" e "Quero ser feliz também".

O grupo de rock Rappa fechou a noite e mandou ver com "Pescador de ilusões", "Mar de gente", "O homem amarelo", "O que sobrou do céu", "Rodo cotidiano", "Monstro invisível", "Me deixa" e "Hey Joe". Esse show do Rappa com suas letras muito bem elaboradas (muitas com o tema miséria) pode ter servido de alerta para que o público que compareceu ao evento não desperdice o voto, votando em políticos incompetentes e safados.

domingo, 12 de outubro de 2008

CineCrítica - Sparrow

Em “Sparrow” (na hora lembra um certo capitão, rs), uma gangue de Hong Kong, formada por quatro irmãos batedores de carteiras, depara-se com uma bela mulher que é forçada a viver como esposa de um poderoso gangster.

Quem assiste nota que as imagens demonstram estilo próprio na linguagem do filme, irreverência entre alguns personagens, fotografia simpática e trilha agradável, no estilo antena um. Aquele tipo de filme leve e interessante que você pode assistir a qualquer hora.

É bem engraçado quando assistimos filmes de nacionalidades dos quais não estamos familiarizados e sempre achamos se tratar de um trabalho excêntrico. "Sparrow" é esse tipo de película. Você sai da sala com aquela cara de pseudo-intelectual, acreditando que produziram um filme “doido” na China. Na verdade, quando se está falando de cultura a coisa fica menos simples, pelo fato de não conhecermos as produções padrões que estão sendo desenvolvidas em outros países.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

CineCrítica - Ensaio Sobre a Cegueira

Colaboração de Sandro Tebaldi

Mais do que um simples filme, Ensaio sobre a cegueira é um tratado sobre a solidariedade humana em um mundo dominado pelo egoísmo.

Sob o ponto de vista cinematográfico, destaque para a fotografia super exposta e leitosa de Charlone, capaz de transformar a cegueira em um narrador-personagem. Trilha sonora minimalista e sob medida. Elenco e direção afinadíssimos. Tudo preciso, montagem, roteiro, etc, mas não quero tratar de aspectos técnicos. Quero comentar uma função cada vez mais rara da arte cinematográfica: a reflexão.

O Cinema muitas vezes nos ajuda em reflexões morais. Serve de espelho. E neste caso, a imagem que nos surge não nos parece bela. Estamos cegos! Constatação incômoda que gruda em nossos olhos ao assistirmos o filme, ou ensaio. Cegos pelo excesso! Cegos de tanto ver, sem no entanto, enxergar. Com a enorme quantidade de filmes de entretenimento fácil que encontramos, é uma dádiva ainda encontrarmos produções que privilegiam a arte cinematográfica em busca de uma evolução humana. Pena que a sala não tinha mais do que 20 testemunhas, na sala ao lado, a sessão de Hellboy estava lotada!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CineCrítica - Zohan - O Agente Bom de Corte

Zohan (Sandler) é um agente israelense que curte férias numa praia quando é recrutado para uma nova missão.No quartel, ele fica sabendo que Fantasma (John Torturro), terrorista palestino que ele capturou, foi trocado por reféns do seu país e ele deve ir atrás dele de novo. A questão é que Zohan nutre secretamente o sonho de cortar cabelos como o seu ídolo, o "hair-designer" Paul Mitchell. Então ele forja sua morte e foge para Nova York, longe daquela guerra sem fim.

A comédia tem um certo teor político ao criticar o eterno conflito entre palestinos e israelenses. Ela inclusive cita o bairro do Brooklyn, local onde os grupos co-habitam harmoniosamente. Nestes momentos em que o texto sobrepõe-se às piadas explícitas sobre sexo é que surgem seqüências muito engraçadas e inteligentes, como o disque-hezbollah e a tentativa de um advogado em negociar com um comerciante árabe.

Pena que são tão poucos e acabam ficando soterrados pelo pastelão, principalmente os que acontecem no salão comandado por Dalia (Emmanuelle Chriqui). Enfim, ao querer agradar a todos os públicos, o filme desistiu de seguir um caminho interessante que seguia: a crítica da guerra e a defesa da convivência pacífica entre os seres humanos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

CineCrítica - Trovão Tropical

Admito que quando fui ao cinema assistir ao filme não tinha nenhuma expectativa, apesar de ter a comédia como um dos meus gêneros favoritos. Tudo o que sabia era sobre o teor cômico e inovador do filme descrito pelo revista Veja há mais de um mês. De fato, o filme surpreende, tanto do início, quando você se pergunta se o filme já começou, durante com partipações inesperadas que roubam a cena, quanto o final, com mais risadas incentivadas pela atuação de Tom Cruise, que aliás, parece que se descobriu no gênero.

Ben Stiller dirigiu e atuou como Tugg Speedman, um ator de Hollywood que está a beira de uma crise na carreira. Através de uma nova superprodução baseada no livro escrito por um veterano da guerra do Vietnã (Nick Nolte). No original Tropic Thunder foi dirigido (no filme) por Damien Cockburn (Steve Coogan). Speedman, que, aliás, tem como agente Rick Peck (Matthew McConaughey), acaba divindo cenas com os atores consagrados Jeff Portnoy (Jack Black) e o "premiado pela academia" Kirk Lazarus (Robert Downey Jr), e mais o badalado rapper Alpa Chino (Brandon T. Jackson). Devido a algumas falhas na produção e outros problemas com o chefe gorducho responsável pelo estúdio Les Grossman (Cruise), o trabalho é alterado na idealização e termina por virar um "cinema realidade".

No mais, o filme lembra um pouco o espiríto pateta de Os Trapalhões, aventurando-se por uma floresta desconhecida e pintando piada por todos os lados. Vale também dizer que se trata da comédia com o maior número de atores de peso do ano.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CineCrítica - Fim dos tempos

Nada demais... “Fim dos tempos”, do cineasta M. Night Shyamalan, não chega nem perto do impacto de seus filmes anteriores como “Sexto sentido”, de 99 e “Sinais”, de 2003, que exploram o tema ciência versus fé.

O cineasta que soube explorar também o tema realidade versus imaginação em filmes anteriores como “Corpo fechado”, “A vila” e “A dama na água”, desaponta com os suicidas de “Fim dos tempos”.

O filme, que tem como cenário inicial Nova York, Central Park, expõe uma crise ambiental que força a humanidade a combater a natureza para sobreviver. A crise é iniciada por uma suposta toxina invisível que chega com o vento e induz as pessoas ao suicídio, pois faz com que o cérebro humano perca o senso de auto preservação. Chega-se a cogitar a possibilidade de ataque terrorista.

Sendo assim, as pessoas fogem dos lugares afetados, que no caso são algumas das principais cidades americanas, de forma que o filme é quase o tempo todo pessoas fugindo ou se suicidando. Quase...

O que salva um pouco o filme é o fato de ele ser também uma história de amor. Elliot Moore (Mark Wahlberg) é um professor de Ciências de um colégio da Filadélfia que atravessa uma crise conjugal com sua bela esposa, Alma (Zooey Deschanel). Desde o início do filme, sabe-se que ela flerta com o adultério, embora o ame, e ele acredita no casamento. A relação dos dois será testada diante de um acontecimento maior e mais sério. Isso acaba por os unir.

Eles seguem em direção às fazendas da Pennsylvania, onde esperam estar fora do alcance dos ataques. Logo fica claro que ninguém está a salvo em nenhum lugar. Esse fenômeno aterrorizante e invisível parece não poder ser vencido. Mas não podemos esquecer que o filme é também uma história de amor...

É fato que Mark Wahlberg está ótimo no papel do cara calmo e apaixonado e Zooey Deschanel chama atenção com sua beleza.

“Fim dos tempos” é pelo menos um bom filme B, como o próprio cineasta revela, com produção de orçamento relativamente baixo. Basta ver o filme sem pensar em “O sexto sentido” ou “Sinais”.

CineCrítica - A Múmia - Tumba do Imperador Dragão

Tente imaginar um filme de "porrada" de Jet Li, acrescente Brendan Fraser e a atração pelas múmias, e um roteiro escrito por ninguém menos que a dupla (Alfred Cough e Miles Millar) que escrevia a tal série teen Smallville (aquela que o Super-Homem é um jovem de Kansas, enfrenta um bando de "freaks" e ainda conhece sua futura esposa já na quarta temporada). Pronto, este é o filme que você vai assistir!

A história é simples e contada de uma forma bem fácil, pra entender...direitinho. O imperador dragão (Li) foi amaldiçoado pela feiticeira Zi Juan (Michelle Yeoh), fazendo com que ele e seu exército de dez mil cabeças fiquem petrificados. Dois mil anos depois, a tumba foi descoberta pelo filho (Luke Ford) do casal Rick (Fraser) e Evelyn O’Connell (Marial Bello, que aliás, notavelmente não se manteve na altura de Rachel Weiz em combinar o bom humor sofisticado com algumas cenas de ação), que vão para a China para, apenas, entregar o artefato que reviveria o imperador. Precisa dizer mais?

O interessante só é ver o quanto de poder que essa múmia se apossa, sendo definitivamente a mais poderosa dos três filmes. Acho que seria melhor esperar uns quatro anos para que a película caia na Sessão da Tarde, isso se a Tela Quente for suficiente para cada um que não tiver que trabalhar no dia seguinte, no ano de 2011.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

CineCrítica - Batman - O Cavaleiro da Trevas

Esse filme definitivamente não parece um filme de super-herói comum que usa e abusa de situações fantasiosas, e sim uma retratação do mundo real, ou seja, cheio de corrupção, gente falsa e gananciosa e bandidos psicopatas. A diferença é que nesse mundo há uma pessoa com vontade, garra e dinheiro suficientes para virar o jogo: o cavaleiro das trevas.

Por causa disso tudo, esse filme joga uma pá de cal sobre o último filme de Joel Schumacher. É interessante perceber como um amadurecido Batman se tornou uma esperança para a população de Gotham City que inclusive inspira pessoas destreinadas a combater o crime na cidade e os criminosos a se organizarem com o objetivo de destruí-lo.

Não sei de que jeito, mas precisavam botar o nome do Coringa no nome do filme. O trabalho de Heath Ledger está simplesmente fantástico, pois com o seu jeito de andar, falar e agir, ele consegue exibir um personagem totalmente insano, impiedoso e anarquista, resumindo um agente do caos. Com certeza, merece ser condecorado com Oscar.

Os outros atores do filme provam que também são competentes, sendo assim temos uma chuva de boas atuações, com destaque para o Harvey Dent de Aaron Eckhart, o Lucius Fox de Morgan Freeman, o Tenente Jim Gordon de Gary Oldman, o Alfred de Michel Caine e o Bruce Wayne/Batman de Christian Bale.

Há diversas cenas empolgantes no filme de duas horas e meia como a sequência no trânsito, a cena do hospital e o clímax de uma hora que rola no final do filme. E realmente Christopher Nolan não deixa a peteca cair, usando efeitos especiais apenas onde é estritamente necessário e usando e abusando de explosões e takes únicos que não permitiam segundas tomadas, o que só ajuda a tornar o filme ainda mais realista.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

CineCrítica - Agente 86

Max Smart (Steve Carell) é um analista da organização CONTROLE, que após um ataque a sede, é promovido a agente de campo número 86. Junto da agente 99 (Anne Hathaway), os dois são enviados para desvendar os planos da organização terrorista de nome KAOS.

Carell está pândego (rs). O humor que o ex-Virgem de 40 Anos transmite já é conhecido. Histérico, sarcástico e dissimulado. Fora as tiradas verbais, o bom humor visual do consultor Mel Brooks se encontra presente em algumas partes do filme.

São 80 milhões de dólares divididos em 110 minutos, e uma tentativa, digamos...simpática, de recriar, de forma contemporânea (uma moda já antiga), a antiga série de sucesso dos anos 60. Detalhe para a participação especial de Bill Murray, que sempre arranca risos e sorrisos, apenas, com seu semblante canalha e suas situações "fatídicas".

domingo, 6 de julho de 2008

CineCrítica - O Incrível Hulk

O novo filme do Hulk surpreendeu a crítica com uma atuação destacada dos atores Edward Norton (Bruce Banner, o Hulk), que atuou também como co-roteirista, e Tim Roth (Emil Blonsky, o Abominável). Esse filme entra em choque com o precurssor e incompreendido longa do "verdão" de 2003, dirigido por Ang Lee. Sendo assim, se trata de um filme de entretenimento palatável, mas muito menos ousado que o do criador de O Tigre e O Dragão.

O início foi um pouco confuso com uma edição repleta de cortes muito rápidos e que não ajudam a explicar direito o surgimento do monstro, para aqueles que não estão por dentro do mundo das HQ's. No filme, não faltaram inúmeras homenagens ao rico universo das histórias do golias esmeralda como a clássica frase "Hulk esmaga" e a aparição rápida das clássicas calças roxas do personagem.

Além disso, houve um desenvolvimento interessante dos personagens Bruce Banner e Emil Blonsky, o que dizem ter sido influência de Edward Norton que queria um filme parecido com a tele-série do personagem que marcou os anos 80. Há também cenas de forte adrenalina com o gigante verde simplesmente detonando qualquer coisa que aparecesse na sua frente, o que diga-se de passagem, vale um elogio para o pessoal responsável pelos efeitos especiais.

As cenas gravadas no Rio de Janeiro também foram interessantes, mas não explicam como Banner foi parar no Rio, embora no final do filme de 2003, ele, aparentemente, tenha se escondido no Brasil. Para o público que for assistir o filme: não se incomodem com os saltos gigantescos do Hulk que ferem o bom senso de um atlas.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

CineCrítica - Zodíaco

Imagine uma chuva de informações que envolva uma investigação de mais de três décadas. Em "Zodíaco", um assassino provoca terror em São Francisco, no final dos anos 60, quando envia cartas às redações dos jornais, assumindo os assassinatos e propondo enigmas para que os jornalistas possam decifrar. Lembrando que este já é o terceiro trabalho que aborda o assassino que ficou conhecido pelos símbolos que deixava nas cartas. Se você é de chegar de "para-quedas" quando as coisas ficam complicadas ou rápidas demais, vai precisar pausar o aparelho e apertar algumas vezes o rewind.

Protagonista na maior parte do longo filme, o cartunista Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) acompanha e tenta desvendar o mistério, ao lado do curioso repórter Paul Avery (Robert Downey Jr.) até mais de uma década após os acontecimentos, tornando o caso uma obsessão pessoal. A película que foi baseada em fatos reais, ainda conta com a participação dos inspetores David Toschi (Mark Rufallo) e William Armstrong (Anthony Edwards), que aliás, traçam uma cansativa investigação.

Detalhe: Para quem chegou a jogar GTA 2, talvez se depare com uma cena que se assemelhe muito com o ângulo de visão do jogo. Vide: Táxi.

CineCrítica - O Melhor Amigo da Noiva

Mais um filme que me agradou, mesmo não sendo um filme de ação ou ficção científica, mas uma comédia romântica, foi “O melhor amigo da noiva”. Na minha visão, esse estilo de filme é mais apropriado para assistir com a namorada, mas vê-lo com os amigos e rir um pouco também é legal.

“O melhor amigo da noiva” conta a história de Tom (Patrick Dempsey), que tem uma vida boa, sendo bem sucedido e tendo sorte com as mulheres, sabendo que sempre pode contar com Hannah (Michelle Monaghan), sua bela melhor amiga que está sempre presente na sua vida.

Mas Hannah viaja para a Escócia durante seis semanas, e Tom percebe o quanto a sua vida fica vazia sem ela. Ele conversa com seus engraçados amigos do basquete sobre a questão, e decide pedir Hannah em casamento assim que ela chegar...

No entanto, ele se frustra com o fato de ela ficar noiva de um rico escocês, voltando com ele a tiracolo e planejando viver com ele na Escócia. Pra piorar, ela convida Tom para ser a principal “madrinha” dela...

Ele aceita o papel apenas para tentar convencê-la de que a ama e impedir o casamento. É aí que o filme fica mais interessante e engraçado.
É fato que o filme apresenta alguns clichês de filmes do estilo, mas sem dúvida, é uma boa diversão.

Direção: Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Busy Philipps, Kevin McKidd, Kelly Carlson, Sydney Pollack, Kathleen Quinlan, Beau Garret.

CineCrítica - A Lenda de Beowulf

Um grande mal assola um reino e apenas um homem pode acabar com ele: Beowulf. Pois é se o roteiro não apresenta nenhuma novidade, a narrativa é boa o tempo todo, sem momentos mornos e com cenas de ação excelentes. A luta final, que coloca o herói Beowulf contra um dragão é linda e emocionante. Já que falamos na beleza, o visual também é digno de nota.

A Lenda de Beowulf é uma animação em computação gráfica, com designs bem realistas. Embora a direção de arte seja sempre primorosa, muitas vezes a técnica se mostra um tanto irregular. Em alguns momentos, você poderá jurar que está vendo um filme "em carne e osso". No entanto, às vezes a película fica mais artificial do que videogame. Esse conflito no visual acaba por cansar algumas vezes a visão dos espectadores. Beowulf definitivamente não é um filme para crianças, já que possui várias cenas de violência explícita, até com tripas, e muitas referências sexuais podriam incomodar os mais puritanos. No final das contas, A Lenda de Beowulf é um bom filme, porém sem grandes novidades.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

CineCrítica - Indiana Jones e a Última Cruzada

Em Indiana Jones e a Última Cruzada, o objeto de desejo do arqueólogo Indiana (Harrison Ford) é o Santo Graal, cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia. O cálice era a obsessão de seu pai, Professor Henry Jones (Sean Connery), que desapareceu durante uma investigação do paradeiro do tesouro. Indiana começa a seguir pistas deixadas por seu pai na esperança de encontrá-lo para depois juntos procurar uma das maiores descobertas da humanidade. No entanto, os nazistas também estão no encalço do Graal já que, segundo a lenda, quem beber do cálice, ganhará a vida eterna.

É notório que quando se junta Indiana Jones e nazistas, temos seqüências de ação de tirar o fôlego. Os efeitos especiais são bem feitos e superam alguns filmes recentes nesse quesito. Cenas como a de Indiana Jones enfrentando um tanque de guerra e a dos três desafios para chegar ao cálice são inesquecíveis. A franquia ganha muito em humor com o acréscimo de Sean Connery como o pai de Indiana. Seu personagem não se abala e sempre rouba a cena com uma ótima tirada. E a química entre os Jones é perfeita, com o filho, sempre buscando chamar a atenção de seu pai que ainda o trata como criança, chamando-o de Júnior.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

CineCrítica - O Reino

Definiria "O Reino" como um filme de três fases. A primeira parte do filme, pela fluência de informações tão dinâmica, classifico como a parte documentário. A segunda lembra um pouco CSI, só que em um território estrangeiro. O filme, então, fecha a terceira fatia com muita ação, lembrando, um pouco, a adrenalina de "Tropa de Elite".

A história é interessante pelo fato de ser atual. No oriente médio, funcionários ocidentais de uma petrolífera são atacados por terroristas que espalham o terror, atirando com metralhadoras nas famílias, ou se explodindo junto com os civis. A operação foi planejada e os terroristas estavam disfarçados. Após o ocorrido, funcionários do FBI, entre eles os agentes especiais Ronal Fleury (Jamie Foxx), Grant Sykes (Chris Cooper), Janet Meyes (Jennifer Garner) e Adam Leavitt (Jason Bateman), conseguem embarcar em um avião fretado direto para a Arábia Saudita, no intuito de investigar o caso e encontrar o culpado a qualquer preço.

Interessante saber que para fazer um filme assim, parte do elenco teve de passar por um treinamento que envolveu rifles leves e automáticos, antes das filmagens começarem. E ainda, a simpática Jennifer Garner desmaiou duas vezes durante as filmagens. Motivo? Alta temperatura do lugar, passando dos 45 graus celsius. Ê calor!

CineCrítica - Efeito Dominó

O filme me surpreendeu por se tratar de um algo muito bem amarrado e com boas atuações. Com isso, o que poderia ser apenas mais uma película sobre assaltos, se torna um suspense bem interessante. E o melhor de tudo é inspirado em fatos reais, mas não segue muito à risca, já que o roteiro mescla diferentes momentos históricos.

O filme situado no ano de 1971, conta a história de um bando de ladrões mequetrefes que resolve executar um plano ambicioso: roubar os cofres pessoais do Baker Street britânico durante o fim de semana.

O bando de assaltantes desleixados não sabe absolutamente nada de roubo de bancos, o que traz para o filme algum alívio cômico, não descambando para a comédia. A partir desse pano de fundo, vemos uma trama com suspense do início ao fim e com ótimo desenvolvimento de personagens. Não é um filme inesquecível, mas estamos falando de um ótimo divertimento para adultos.

domingo, 8 de junho de 2008

CineCrítica - Os Reis da Rua

Polêmico e com um elenco de primeira "Os reis da rua" trata de um assunto atual e bastante conhecido pelo brasileiro: a corrupção dentro da polícia.

Tom Ludlow (Keanu Reeves) é um policial honesto que sofre a perda da esposa adultera e, por isso, busca em seu trabalho e bebida uma forma de esquecer sua tristeza. Por causa da forma como combate o crime, Tom sempre é selecionado para operações de alto risco que para conseguir penetrar até os criminosos necessita infringir as leis e ser extremamente violento.

Por isso ele começa a ser investigado pelo capitão James Biggs (Hugh Laurie) a partir da suposta
denúncia de seu ex-parceiro, tenente Terrence Washington (Terry Crews). Quando tenta resolver esta situação com teu amigo, Ludlow presencia o seu assassinato, porém, pelo seu envolvimento, o chefe de seu departamento, capitão Jack Wander (Forest Whitaker), arquiva o caso para acobertar teu amigo Tom.

Indignado com a situação Tom parte para fazer justiça com as próprias mãos. Juntamente com Paul Diskant (Chris Evans) o detetive descobre que mexe com forças muito maiores que apenas
criminosos.

Para quem espera relaxar com sua namorada esquecerá o teu par e não parará em seu lugar com tantas surpresas. As fortes cenas de ação são marcas registradas do diretor David Ayer também roteirista de "S.W.A.T.", "Dia de Treinamento" e "Velozes e Furiosos".

Já a corrupção e o suspense está presente nas obras do escritor James Ellroy, autor de "Los Angeles - Cidade Proibida" e "Dália Negra" que faz refletirmos sobre em que e quem confiarmos, até na segurança pública.

Com ótimas atuações de Keanu Reeves e Forest Whitaker(ganhador do oscar), eletrizante do início ao fim, imprevisível e cheio de ação como um suspense policial deve ser. Vale a pena pena conferir "Os Reis da Rua".

sexta-feira, 6 de junho de 2008

CineCrítica - Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Indiana Jones (Harisson ford) mais uma vez encara as catacumbas e mexe "com uma galerinha da pesada" (Sessão da Tarde lol). O arqueólogo bem que tenta lecionar na faculdade, mas desta vez, os soviéticos estão na cola. Para quem não prestou atenção no cast, surpreende-se com a agente Irina Spalko, interpretada pela versátil Cate Blanchet. A primeira Indiana-Girl está de volta, Marion Ravenwood (Karen Allen) se apresenta no meio de mais uma tremenda aventura juntamente com o filho Mutt Willians (Shia LaBeouf). Até que parece que grande parte do filme se passa na Amazônia, na realidade as cenas foram filmadas no Havaí.

Na direção está ninguém menos que Steven Spielberg, que dispensa comentários, ao lado de George Lucas que escreveu o corrido, mas interessante roteiro. Acredito que para quem é fã de verdade, vai adorar os traços característicos como as passagens pelos mapas, e as caras cenas de ação, que permanecem no nível dos outros filmes. Obviamente, há elementos modernos, como o final que é uma mistura cara com um conceito visual meio retrô.

Muitos espectadores clamaram pelo ar da graça de Sean Connery, no entanto, a firme aposentadoria falou mais alto.

Outro detalhe interessante foi a grande vontade de Shia LaBeouf de participar desta produção de apenas, 125 milhões de dólares. O jovem ator que tem estourado em vários filmes nos últimos anos, assinou o contrato sem nem ao menos lê-lo. Sem mistério, a franquia foi tão adorada por muitos, que pode ser equiparada, em números de bilheteria, com alguns filmes do agente 007, do sombrio Darth Vader e do fotógrafo Peter Parker.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

CineCrítica - O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

É um filme bastante interessante pelo ponto de vista histórico. O roteirista narra de forma dramática o fim de um dos mais famosos criminosos de todos os tempos: Jesse James. Protagonizado por Brad Pitt, o filme mostra o último assalto, mal sucedido, do bando de Jesse James e, a partir daí, descreve a tua decadência.

Jesse começa a se sentir perseguido quando descobre que alguns de seus comparsas planejavam entregá-lo a polícia para receberem a recompensa.

Cansado de mudar-se de moradia, sai à procura de seus parceiros para ficar próximo a eles e realizar um assalto que os deixará em uma situação tranqüila para suas vidas.

Robert Ford é um grande fã de Jesse desde criança, quando lia suas estórias e aventuras. Torna-se comparsa de Jesse e se vê ameaçado como os outros quando Jesse o procura novamente. Quando percebe que iria ser morto por Jesse, Ford se aproveita de um descuido para pegar sua arma e atirar-lhe pelas costas.

Após o assassinato, percebemos como, desde aquela época, os grande criminosos eram mais famosos que as grandes autoridades, vistos pelos seus feitos e atos de "heroísmo", exatamente como atualmente.

Pois Robert Ford, o assassino de Jesse James, é taxado de covarde e cai no anonimato sendo desprezado por todos, quando na realidade Jesse o condenou a isso.

Jesse se conformou com a morte quando descobriu a mentira de seus parceiros e como não achava digno o suicídio deixou a tua arma propositadamente no sofá de sua sala para Robert Ford. Virou-se para não enxergar a "punhalada" que estava prestes a levar. Seguiu em direção ao quadro e disse: "Este quadro está empoeirado". Pegou o espanador e ao subir na cadeira começando a limpá-lo enxergou o reflexo de Ford com a tua arma em suas mãos apontando para tua cabeça. Abaixou a cabeça para não ver o momento de sua morte e conformado foi baleado na nuca caindo desfalecido no canto da sala. Sua esposa ainda tentou reanimá-lo, porém em vão.

Então, Jesse sabia que iria ser morto e já havia se conformado com isso. Não foi covardia o que Robert fez, apenas defendeu-se e, ao mesmo tempo, executou o único serviço que Jesse queria mas não conseguiria realizar. Porém foi a maldição que Jesse deixou a ele e à seu irmão. Não os matou, mas fez pior, fez eles viverem com remorço, com sentimento de culpa e odiado pelo povo. O que os levou à morte lenta, pior que a morte por um tiro certeiro que sairia da arma de Jesse James.

O corpo de Jesse foi exibido a milhões de pessoas nos Estados Unidos, colocado em um recipiente com muito gelo para conservação. Todos tiraram fotos para recordção daquele que até hoje é, sem dúvidas, o maior criminoso que os Estados Unidos já conheceram em todos os tempos.

Este filme merece essa descrição porque é um filme rico em detalhes, como se a narração fosse tirada de um livro. Apesar do filme ser longo e maçante, o drama colocado em seu roteiro lhe prende até o fim para saber o que acontecerá com Jesse e teu assassino. Faz, a cada cena, a tua imginação voar.

Para quem espera um ótimo filme de ação encontrará uma ótima história com um drama sensacional.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

CineCrítica - Quebrando a Banca

Um filme de ótimo roteiro e que prende a atenção da platéia, que eu gostei bastante é o filme Quebrando a banca, dirigido por Robert Luketic.

O filme teve um custo de produção orçado em US$ 35 milhões, e arrecadou somente em seu final de semana de estréia, mais de US$ 24 milhões , não abandonando, desde então o ranking das 10 melhores bilheterias.

Baseado em fatos reais, Quebrando a banca trata de um golpe dado em cassinos de Las Vegas por um grupo de estudantes do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).

O personagem principal da história é Ben Campbell (Jim Surgess), que terminando seu curso no MIT, precisa de 300 mil dólares para pagar a faculdade de Medicina de Harvard, quando é recrutado pelo professor Micky Rosa (Kevin Spacey) para fazer parte da equipe de estudantes craques em 21 (Black Jack).

Ben Campbell se destaca, pois é muito bom em matemática. Ele demora, no entanto, a aceitar a proposta.

O golpe que o grupo aplica não é ilegal, mas nem por isso os donos de cassinos vão deixar que eles quebrem as bancas impunemente, perdendo grande quantia de dinheiro.

Os estudantes se disfarçam como pequenos apostadores e se posicionam nas mesas de jogo contando sempre as cartas, esperando a hora em que o baralho fique “quente”, ou seja, a hora certa para ganhar tudo.

Coisa imprevisíveis acontecem no filme, que é também engraçado em alguns momentos. Elenco: Jim Sturgess, Kevin Spacey, Kate Bosworth, Aaron Yoo, Liza Lapira, Jacob Pitts e Laurence Fishburne

Além da Crítica - Minority Report

Após assistir ao filme Minority Report é importante ressaltar os aspectos sociais daquele futuro sombrio. Dois dos aspectos mais marcantes mostrados no filme foram questões como violência e desigualdade social. Para muitos a violência seria uma conseqüência da desigualdade. A fim de deixar o artigo mais rico elas serão discutidas separadamente.

O filme aposta num futuro realista onde a desigualdade e a segregação aumentaram junto com a evolução tecnológica. É isso que acontece quando não há uma melhor distribuição dos benefícios tecnológicos. Essa má distribuição das riquezas da humanidade gera os flagelos que voltarão a incomodar no futuro como a fome e principalmente a violência.

Os Estados Unidos, particularmente Washington, onde se passa o filme, continua um verdadeiro caldeirão cultural. Essas outras culturas continuam assim como hoje marginalizadas e vivem em verdadeiros guetos que nada tem a dever a Chinatown e Brooklin. Nessas cenas mostra-se que a moderna tecnologia ainda está longe do alcance do povo. Suas casas são muito parecidas com as de classe média e baixa da atualidade, bem diferente das modernas mansões dos ricos.

A violência é gerada da desigualdade desse mundo que nem a tecnologia conseguiu resolver. Tal qual hoje no Brasil a violência chegou num ponto em que foi disponibilizado um referendo em que uma pergunta foi posta em debate, qualquer semelhança é mera coincidência. Vê-se nesse filme que os governantes ao invés de irem na raiz da questão, e resolve-la com saúde, educação, habitação, etc continuam a querer resolver essas questões com força desmedida de seus órgãos e parece que nem no futuro nos livraremos desses martírios.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

CineCrítica - O homem sem face

“O homem sem face” é um filme com ótimo roteiro que consegue emocionar, tendo como ator principal um dos grandes nomes do cinema: Mel Gibson. A história do filme começa no ano de 1968. Chuck Norstadt (Nick Stahl) é um garoto de 12 anos, órfão de pai, que se sente um estranho em sua família de duas meias-irmãs (Gaby Hoffman e Fay Masterson) e uma mãe (Margaret Whitton) que coleciona fracassos conjugais. Uma de suas meias-irmãs, Gloria (Fay Masterson), mostra-se agressiva com ele. Para Chuck, só há uma alternativa: ingressar no colégio militar.

O garoto é reprovado no exame preparatório, mas ninguém de sua família se importa. Nesse momento ele conhece o ex-professor Justin McLeod (Mel Gibson), que no passado teve metade de seu rosto desfigurado em um acidente de carro, e desde então, vive isolado das pessoas, que se referem a ele como “monstrengo”. Com a insistência do garoto em ter aulas com o ex-professor misterioso, Mcleod decide ajudar o garoto a se preparar para o exame que mudará sua vida.

Nasce então uma profunda e benéfica amizade entre professor e aluno, no entanto, como o passado de McLeod envolve um doloroso segredo, os cidadãos da vila levantam suspeitas desagradáveis sobre a ligação do professor com seu jovem aluno. A amizade dos dois conseguirá sobreviver?
Esse drama de 1993 é o primeiro filme de Mel Gibson como diretor. Trata-se de um ótimo filme de grande sensibilidade e final emocionante. Pra quem curte filmes com uma bela história, não sendo mega produções do próprio Mel Gibson como “Coração valente” e “Paixão de Cristo”, vai aí uma boa dica de filme.

Crítica Musical - Ozzy Osbourne: Black Rain Tour

Essa é a terceira vez que o roqueiro Ozzy Osbourne vem ao Brasil. A primeira foi no lendário Rock in Rio de 1985 e a segunda foi em 1995 no Monsters of Rock. Inesperadamente, Ozzy anuncia uma turnê sul-americana e toca na HSBC Arena no Rio de Janeiro. Quem abriu para o veterano foi o Black Label Society e o Korn. È parece que Osbourne estava a fim de fazer um mini Ozzfest aqui no Rio.

A turnê visa a promoção do novo CD do cantor Black Rain. Antes do show, Ozzy mostra sua verve de comediante em uma série de clipes bem bolados inspirados em séries e filmes de sucesso. Ozzy sabe animar o público, além de ter jogado vários baldes de água na galera. A primeira música do setlist foi a nova “I don’t wanna stop”. Essa música é autobiográfica, e nela Ozzy demonstra toda a sua vontade de continuar cantando e excursionando. Depois veio “Bark at the moon”, um clássico da carreira do Príncipe das Trevas que empolgou a platéia. Depois o madman tocou “Suicide solution”.

Após essa música houve um dos momentos mais emocionantes da noite com “Mr Crowley”. O estádio realmente pulsou com essa música. O show continuou com “Not going away”, onde o cantor demonstra sua vontade de continuar cantando. Há uma pequena pausa e Ozzy fala: "Let´s play some Black Sabbath". Enquanto o telão mostra várias cenas de guerra, o publico agita ao som de “War Pigs”. O show segue com “Road to nowhere” e “Crazy Train”, sendo que essa última talvez seja o maior sucesso da carreira solo de Ozzy.

No intervalo Zakk Wylde manda um solo de guitarra enquanto a equipe técnica acerta alguns detalhes. Depois do solo, mais Black sabbath com “Iron Man” na trilha de sucesso que o filme homônimo gerou no mundo e que conta com a música na trilha sonora. Após o hit veio “I don’t know” e “No more tears”, músicas de sucesso da carreira solo do músico e que fizeram o ginásio tremer de emoção.

Do CD novo veio a música “Here for you” totalmente inspirada no amor do casal Ozzy e Sharon. Depois o rockstar emendou com “I don’t want change the world”, música com temática bem individualista. Após essa música a banda finge que vai embora (Ozzy puxa até um coro de “One more song”), mas volta e toca a balada clássica “Mama, I’m coming home” e o fechamento do show ficou por conta de “Paranoid”. Nota engraçada é que na empolgação do espetáculo, Zakk Wylde jogou sua guitarra para o pista, mas se arrependeu se jogou na platéia para tentar recuperá-la e o público nem devolveu a guitarra e nem deixou ele voltar para tocar a última música. Ao final do show, ele e sua guitarra voltam, só que o instrumento estava totalmente detonado, Zakk então joga os destroços muito puto de volta para o povão.

Setlist:
- I Don’t Wanna Stop
- Bark At The Moon
- Suicide Solution
- Mr. Crowley
- Not Going Away
- War Pigs
- Road To Nowhere
- Crazy Train
- Solo de Zakk Wylde
- Iron Man
- I Don’t Know
- No More Tears
- Here For You
- I Don’t Want To Change The World
Bis:
- Mama, I’m Coming Home
- Paranoid

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Crítica Musical - Whitesnake

Mário Mendes Rodrigues

Na noite do dia 07 de maio de 2008, assisti no Citibank Hall, Rio de Janeiro, ao show de uma das maiores bandas de rock do planeta, banda que é uma de minhas preferidas, estou falando do Whitesnake, do carismático vocalista David Coverdale.

A grande banda inglesa de hard rock de 30 anos de existência fez um ótimo show, que começou por volta de 22:15hs. Eles abriram com “Best years”, do novo álbum de estúdio Good to be bad. Em seguida vieram “Fool for your loving” e “Bad boys”.

Depois de Coverdale se comunicar com a platéia, a banda toca mais uma música do novo álbum: “Can you hear the wind blow”. Depois veio a clássica “Love ain´t no stranger”, fazendo com que a platéia vibrasse. Depois de mais uma música nova, “Lay down your love”, foi tocada a clássica balada “Is this love?”. O ótimo guitarrista Doug Aldrich manda bem na hora do marcante solo.

O próximo grande momento do show é o dos incríveis guitarristas Reb Beach e Doug Aldrich, que mandam ver em solos de guitarras, exibindo técnica. Depois vem o poderoso hard rock “Crying in the rain”. Doug Aldrich detona na hora do solo memorável dessa música. Pena que Coverdale tenha demonstrado uma certa dificuldade para cantar as notas mais agudas do vocal.

Em seguida chega o momento do solo de bateria de Chris Frazier. A banda conta também com o baixista Uriah Duffy e o tecladista Timothy Drury.

Um momento marcante do show é quando Coverdale canta “The deeper the love” acompanhado apenas de Aldrich no violão. Como a platéia cantou junto com emoção, Coverdale chega a se emocionar! Ele foi aplaudido ainda mais!

Apesar de David Coverdale não ter mais o mesmo potencial que fez dele uma das maiores vozes do rock, seu carisma ainda é incrível. O grande lance é que ele estando na melhor forma ou não, os fãs cantam quase todas as músicas junto.

A poderosa música “Still of the night” é tocada nos momentos finais do show. Lembrando da época em que cantou no Deep Purple, Coverdale e a banda tocam o clássico hard rock “Burn”. É o fim do ótimo show, que acabou por volta da meia noite.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

CineCrítica - Homem de Ferro

Homem de Ferro é mais um pipocão que a Marvel e Hollywood nos trazem, para o mais puro entretenimento. Efeitos visuais de última e um orçamento de dar inveja. Para quem não conhece a história, Tony Stark (Robert Downey Jr.) é um prodígio da tecnologia industrial e armamentista. Um astro, que seguiu os passos do pai. Mas quando Stark passa maus bocados no Iraque (nas HQ foi no Vietnã), ele descobre o significado que as armas que projeta podem realmente fazer. A revelação lhe torna em um tipo de herói, só que com um teor um pouco cafajeste, traço já presente no personagem. O bilionário, então, decide fechar as indústrias, porém, o antigo amigo de seu pai Obadiah Stane (Jeff Bridges) não gosta do que ouve, e acaba se virando contra o Homem de Ferro.

Downey Jr. incorporou com prazer, o papel que até poderia ter sido de Tom Cruise ou Nicolas Cage (esse ai já se tornou outro da DC). Afinal, Tony Stark não é um Clark Kent bonzinho ou um Bruce Wayne sombrio, mas um bilionário que gosta da boa vida, das máquinas, do dinheiro, e é claro, das mulheres. Esse estilo de vida de luxo e glamour é exatamente o que torna o protagonista tão interessante, diferente de outros personagens com problemas psicológicos.

O longa ainda conta com a participação de Gwyneth Paltrow no papel da assessora e secretária Virginia “Pepper” Pots, e quem sabe, a futura Máquina de Guerra, o ator Terrence Howard que interpreta o Tenente-coronel James “Jim” Rhodes. Detalhe que o militar até demonstra, em determinada parte do filme, um leve interesse em experimentar um dos trajes de Stark. A direção fica por conta de Jon Favreau, que já dirigiu o infanto-juvenil Zathura, e que até preferiu improvisar em algumas cenas de diálogo durante as filmagens do Ironman.

Ah, não vá embora até assistir, após os créditos do filme, uma cena especial, com uma participação ainda mais especial. Agora, teve uma pergunta que ficou após assisti-la, quanto será que o cara recebeu só pra aparecer depois dos créditos, por menos de um minuto? E por falar em participações especiais, o titio Stan Lee, criador do dito-cujo entre outros hérois, fez uma pequena ponta, que aliás, de tão pequena nem lembro se o reconheci.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

CineCrítica - À Procura da Felicidade


Will Smith em uma de suas melhores atuações, senão a melhor, vive um cidadão americano com um filho e família maravilhosa em "À procura da felicidade".

Em seu primeiro papel dramático Will mostra concentração e muita experiência, sendo um dos atores mais versátis da atualidade.

Will vive Chris Gardner um americano que passa por uma crise financeira e, por isso, perde sua esposa e, por seu filho, dá a volta por cima numa história emocionante com um roteiro fabuloso.

Sem uma super-produção, o filme ganha em seu roteiro que se passa na década de oitenta onde um pai desempregado e desesperado para criar seu filho da melhor forma consegue durante seis meses criá-lo e sobreviver com um estágio não remunerado até ser efetivado em seu emprego.

Indicado ao Oscar de melhor ator, Will Smith, o filme marca a ascensão de grande astro do cinema pipoca americano.

terça-feira, 29 de abril de 2008

CineCrítica - Super-Herói: O Filme

É claro que existe arte para parodiar um gênero e os filmes que servem como exemplos são: “Apertem o Cinto, o Piloto Sumiu”, “Corra que a Polícia Vem Aí” e “Todo Mundo em Pânico 3 e 4”. O que há em comum entre esses filmes e “Super-Herói: O Filme”: o diretor David Zucker. A diferença é que nesse filme, Zucker vem como produtor num estilo de filme que vem se tornando especialista.

O filme parodia basicamente a trilogia de “Homem-Aranha”, embora tenha pitadas de outros filmes como: “X-men” e “Quarteto Fantástico”. Quem literalmente rouba a cena é o veterano comediante Leslie Nielsen em um papel descaradamente inspirado no Tio Ben. A atriz Pamela Anderson tem curiosamente uma aparição muito rápida no filme.

O herói Rick Riker (Drake Bell) é um Peter Parker atrapalhado que se transforma no herói Libélula e o vilão Ampulheta, alter-ego de Lou Landers, (Christopher McDonald) é uma junção de Norman Osborn e Doutor Octopus, mas que não tem metade do carisma dos vilões clássicos.

Não vão embora antes dos créditos, pois há mais uma seqüência de piadas que não foram aproveitadas no filme e que se fossem aproveitadas, tornariam o filme ainda mais engraçado!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

CineCrítica - Duro de Matar 4.0

Não preciso dizer que Bruce Willis está de volta doze anos depois de Duro de Matar - A Vingaça de 95. O tira John McClane, em mais um dia fatídico de sua vida, realmente tem a ilusão de que vai, apenas, trazer um hacker para a DP. Errou legal!

Para quem se recorda do personagem, McClane está tão ácido nas provocações do que nunca. O resultado, além de muita ação cara e mentirosa, são algumas risadas, fruto das caras e bocas vindas dos vilões que se ferram (praxe). A história tem um teor moderno para um policial da velha guarda: um ex-funcionário revoltado do governo (Timothy Olyphant) monta um esquema para debilitar, através da rede de computadores, todos os recursos da nação norte-americana.

Os pontos altos do filme, com relação às cenas de ação, são quando Willis enfrenta um caça F-32 e quando bota de castigo, no poço de um "pequeno" elevador de carga, a namorada (Maggie Q) do ex-funcionário "revoltadinho" que tenta implementar o caos na nação. A aventura que, além de ser engraçada, é também um prato cheio para quem já está acostumado com as cenas impressionantes produzidas pelos gringos norte-americanos.

Detalhe para o dublê de Willis, Larry Rippenkroeger, que fraturou os dois pulsos e alguns dos ossos da face, ao realizar uma cena em que caiu sete metros no chão. Tal incidente causou a interrupção das filmagens temporariamente. Bruce Willis ainda foi gente boa, pagando até a estadia do hotel dos parentes que foram visita-lo, além de acompanhar regularmente a recuperação de Larry.

domingo, 20 de abril de 2008

Crítica Musical - Black Dog


Uma ótima noite só isso tenho a dizer! O que parecia que seria uma noite morna acabou se transformando num ótimo programa. É verdade que a localização e a organização do Bar do Blues não foi lá uma maravilha. Que confusão pra comprar uma cerveja!

Mas devo admitir que as bandas que se apresentaram eram de qualidade razoável para bom. A de blues e a cover do Iron Maiden eram razoáveis. E a Black Dog é de boa qualidade boa para uma cover de Led Zeppelin e Deep Purple.

Quando a banda cover do Iron começou a tocar geral ficou se olhando sem entender foi que aí apareceu uma amigo meu e disse: Calma! É só depois dessa. Mediante esta fala até que eu me diverti com aqueles caras tocando Iron.

Depois entrou a Black Dog tocando “The ocean” do Led Zeppelin para mostrar a que veio. Bem agora vou separar por bandas como foi a ordem das músicas. Led Zeppelin, a clássica “Black dog”, a mais que clássica “Dazed and confused”, a eletrizante “Whole lotta love” e a linda “Stairway to heaven” para finalizar o show. O público foi a loucura com essas músicas principalmente, pois, tinha uma grande concentração de membros do fã-clube do Led Zeppelin: Zeppeliano.

Deep Purple, a super-clássica “Smoke in the water”, a inflamada “Burn” a retalhada pela banda “Black Night” que a transformou num momento em reggae quando foram se apresentar.

Enfim, acabou valendo o preço do ingresso e garantiu minha indicação quando tocarem boas bandas por lá, principalmente, porque não tivemos nenhum problema na volta para Niterói.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CineCrítica - Antes Só do que Mal Casado


Antes Só do que Mal Casado” é aquele filme que te faz pensar sobre a vida miserável que temos. Na verdade, eu nunca assisti a um filme de comédia tão negativo em minha vida simples e casual.

Eddie Cantrow (Ben Stiller) é um solteiro quarentão que ainda não encontrou o amor, quando numa ida a esquina, depara-se com um “assaltante” que estava roubando a bolsa de alguém que qualquer pessoa acharia a mulher perfeita para ele. E não, a loiraça Lila (Malin Akerman), com quem acaba se casando, não era essa mulher. Depois de muita luta, alguns risos e desgraça suficiente, acaba esbarrando em plena lua-de-mel com Miranda (Michelle Monagham) e daí você já sabe...quero dizer, você acha que sabe.

O final é definitivamente alternativo, mas longe de ser satisfatório. Não leve a mal, Stiller é até engraçado e a sintonia com os diretores, os irmãos Peter e Bobby Farrely, é boa (vide “Quem Vai Ficar com Mary?”), entretanto, com uma história que dá voltas e mais voltas amargamente engraçadas, e ainda não chega a lugar algum, fica difícil. Tudo bem, é uma comédia romântica, mas uma bem diferente.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Crítica Musical - O Rappa: O silêncio que precede o esporro


Elder Motta

Primeira gravação de DVD após a saída de Marcelo Yuka, Falcão arrebenta em show no Olimpo (Rio de Janeiro). O show agita a todos com o entusiasmo e disposição que só O Rappa tem. Contagia toda a galera que além da animação, pula muito.

No entanto, muito de sua essência se perdeu após a saída do Marcelo Yuka. O Rappa continua com sua crítica à sociedade mas sem aquele teor fortes e coerentes das letras do batera. O grupo deixou a batida de reggae para se tornar uma banda de puro rock e, assim, ganhando em ritmo e perdendo em letra. Bem, a perda na letra foi suprida pela música que fica a cada dia mais agitada e contagiante. Apesar de tudo, o show é uma ótima pedida para levantar o astral e esquentar a noite.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Crítica Musical - The police


Mário Mendes Rodrigues

O sábado do dia 8 de dezembro de 2007 foi certamente o melhor sábado do ano passado para mim, musicalmente falando. Nesse dia, mais precisamente na noite desse dia, eu tive o grande prazer de assistir um show de minha banda de pop-rock favorita, o clássico The police, uma banda de 30 anos de existência. A primeira vez que o Police veio ao Brasil foi em 82, quando tocou no Maracanãzinho, então daí dá pra observar que essa volta da banda ao Brasil 25 anos depois, arrastaria uma multidão de vários estados do Brasil para a cidade do Rio de Janeiro.

Fui ao Maracanã com meus amigos Milan e Leonardo. Nem preciso dizer que antes do dia 8 eu já estava totalmente no clima, tendo ido comprar camisa do The police com Milan e Rodolpho (que não foi ao show). No início da tarde do dia 8, eu e meus amigos já estávamos indo para o Maracanã. Chegamos lá bem antes das 17:00hs, a hora da abertura dos portões. Entrar no Maracanã foi tranqüilo. Encontramos um bom lugar na arquibancada lateral e ficamos esperando o show e conversando.

A banda de abertura foi o Paralamas do sucesso, que começou pontualmente às 20:00hs. Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone fizeram um bom show rápido, tocando suas músicas mais importantes. Eu que não sou fã dos Paralamas reconheço que eles mandaram bem.

Mas o que importa é o The police!! Às 21:30hs o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland entram no palco tocando o clássico “Message in a bottle”. O cantor e baixista Sting aparece e detona. Vibração total!!

Depois de “Message in a bottle” vem a também vibrante e direta “Syncronicity II”. Realmente, essas duas músicas são rocks que tem tudo a ver uma com a outra. É possível constatar que a grande banda está afiada e Sting está cantando muito bem.

Quando acaba a segunda música, Sting diz “Que saudades do Brasil!” e apresenta a banda. Em seguida ele pergunta: “Agora, quem canta? Quem canta? Quem canta comigo?” Nesse momento o The police arrepia com “Walking on the moon”. Nessa hora é possível lembrar que o Police tem a sua adorável influência de reggae.

O show prossegue envolvente. Em “Driven to tears” Andy Summers detona na guitarra. O pop-rock vibrante “Truth hits everybody” é seguido da poderosa música “Every little thing she does is magic”, que agrada o público.

O show continua com “Invisible sun”, “Can´t stand losing you” e “Roxanne”, que é tocada de forma diferente, com um tremendo clima no meio, que termina com Copeland “destruindo” a bateria.

A banda sai pela primeira vez. Não demora e a banda volta para tocar mais três músicas: “King of pain” (música em que Sting dá uns uivos), “So lonely” e o hit de letra romântica, mas que não é balada “Every breath you take”. Fim de show?

Na verdade, ainda não era o fim do show. Sting e Copeland saem, mas Summers fica no palco, fazendo graça com o público, fazendo gestos, caras e bocas, como se estivesse dizendo: “Mas esses caras não sabem que tem um show pra terminar?”

O bis é o rock´n´roll “Next to you”, que Summers inicia. Sting e Copeland voltam e mandam ver. Ao final dessa música chega, de fato, o fim do show de quase 2 horas, que foi nota 10. É importante lembrar que o público do show foi de 70.000 pessoas.

A volta do The police foi um dos principais acontecimentos musicais de 2007. Nesse ano, eles também tocaram no mega evento mundial Live earth.

Agora é esperar um novo show da banda no Brasil, ou quem sabe, um novo álbum com músicas novas. Será que o The police vai continuar na ativa? Os fãs desejam muito isso, mas não podemos esquecer que o Sting tem uma bem sucedida carreira solo também.

CineCrítica - Superbad: É Hoje

Rodolpho Terra

Fazia tempo que não saía da sala do cinema tão sorridente e bem-humorado como quando fui assistir a ‘Superbad: é hoje’, que fala sobre os losers adolescentes da terra do Tio Sam. A princípio soa como mais um típico pastelão norte-americano. Na verdade, é, só que bem construído e com direito a piadas bem sacadas. O defeito do filme, tirando os inúmero palavrões (só a palavra "fuck" é dita 186 vezes no decorrer do filme), é o final óbvio. Embora eu as tenha visto no cinema, acho que as aventuras dos dois amigos Seth e Evan, mais o colega nerd Fogel, que no filme acaba se passando pelo doador de orgãos havaino de 25 anos McLovin (cômico), são mais dignas de boas risadas no sofá de casa. É bem melhor do que assistir a ‘Sessão da Tarde’. Fato interessante é que o verdadeiro Seth, é o ator que interpreta o policial Michaels, Seth Rogen. Ele e Evan Goldberg foram os que começaram a escrever o roteiro do filme, quando tinham apenas 13 anos.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Crítica Musical - PR-5


Milan Moraes

Uma noite fria de outubro era o cenário de um show. Lá estava eu em um terreno hostil e inóspito para presenciar um show do RPM. Quem poderia imaginar que teria um show de rock naquele lugar tão marcado pelo country music brasileiro. Era ele que deveria ser o pano de fundo daquele evento, um rodeio. Este evento foi por uma noite/madrugada, o point do pop-rock nacional com um show do RPM, na verdade sob o nome PR-5, mas isso eu explico mais tarde.

Era um palco em dimensões razoáveis para um show do porte da banda. Fim do rodeio, começa a aglomeração de pessoas no palco ao lado para o show. À meia-noite quando ninguém esperava, veio uma fumaceira do palco e começaram a se escutar os acordes da música que o grupo fez para o programa Big Brother “Vida Real” que está na boca do público por causa do programa. Eu até perdôo os problemas técnicos que presenciei nessa faixa pois erros acontecem até em eventos de grande porte.

Depois vieram grandes sucessos que agitaram os fãs como: “Revoluções por minuto”, “Louras geladas”, “Rádio Pirata”, “Alvorada voraz” e “Juvenila”. O grupo arriscou covers de Cazuza com “Exagerado” e de Raul Seixas com “Gitá”. Músicas muito bonitas que emocionaram a platéia: “Terra Brasilis” que conta a possibilidade de um mundo utópico assim como “Imagine” famosa música de John Lennon, que foi tema de uma novela global na voz de Paulo Ricardo.

O show foi fechado com a eletrizante “Olhar 43” que aqueceu o público de Descoberto e os botou para dançar. Nota triste do evento é que nesse dia tinha sido a primeira vez que vi o Paulo Ricardo com a nova formação do RPM. Infelizmente os velhinhos foram tirados à força pelo vocalista do grupo, o que ocasionou esse racha na banda. Só o baterista continuou. Contudo esses acontecimentos, não estragaram a noite das descobertenses que gritaram muito para chamar a atenção de Paulo Ricardo (inclusive a minha tia, que mico).

sábado, 29 de março de 2008

CineCrítica - Eu sou a lenda

Milan Moraes

O romance de Richard Matheson "Eu sou a lenda", lançado em 1954, encontra-se atualmente, em sua terceira adaptação para o cinema. Suas excelentes idéias definitivamente nunca se tornarão obsoletas, pois se relacionam com os maiores medos da humanidade. A última versão do filme de 2007 se caracteriza como um blockbuster, ou seja, tem efeitos especiais, produção milionária e astro com contato milionário e sendo assim tinha a obrigação de estourar na bilheteria.

A diferença desse filme para outros do tipo é a atuação inspiradíssima do astro Will Smith que fez valer seu alto cachê. Em seus monólogos, algumas cenas em que precisava demonstrar sua sensibilidade, Will demonstra todo o seu potencial. As cenas com o seu cachorro e suas discussões com Ana, personagem da brasileira Alice Braga, são apenas mais algumas das provas dessa afirmação.

As cenas de uma Nova York devastada foram sensacionais por terem sido rodadas na própria Big Apple. É inacreditável a transformação da metrópole que o diretor do filme, Francis Lawrence, mostra. Uma curiosidade é que cerca de 2/3 do filme é centrado em um só personagem, Robert Neville, de Smith. O filme não tem narrador e todo o extermínio do passado é mostrado por flashbacks. Mais um ponto favorável para o diretor que conseguiu que o ator respondesse às imagens que eram mostradas, até em solitárias cenas.

Nem tudo são flores no filme, os monstros são muito computadorizados, e têm muitas habilidades especiais, não mostrando muito realismo. O final foi muito comercial e não era o final escolhido pelo diretor que prometeu ser inteligente, filosófico e subjetivo. Mas infelizmente a indústria do cinema americano, ao mesmo tempo em que dá o orçamento necessário para o sucesso do filme, cobra esses desvios de conduta com o objetivo de maximizar mais ainda seus lucros.